Tratamento com células tronco apresenta bons resultados em cães

15 de novembro de 2007 by Izabel Gavinho

Tucson, Arizona, USA – 15-nov-2006

A Associação Americana de Distrofia Muscular anunciou hoje que pesquisadores obtiveram bons resultados em um tratamento que utiliza células tronco (CT) para tratar cães que apresentam uma forma de distrofia muscular similar à de Duchenne.

Os pesquisadores, entre os quais estão Maurilio Sampaolesi e Guilio Cossu, do instituto “San Raffeale Scientific Institute”, em Milão, Itália, instituição financiada pela MDA, utilizaram um tipo especial de CT chamado “mesoangioblastos” que podem ser obtidos de biópsias musculares de doadores vivos.

Treze cães foram divididos em  três grupos: o primeiro recebeu CT de doadores saudáveis, o segundo recebeu suas próprias CT corrigidas geneticamente para que produzissem a proteína faltante na distrofia, e o terceiro grupo não recebeu CT alguma.

Os cães que receberam CT de doadores saudáveis foram os que melhor resultado apresentaram, onde um dos cães pertencentes a esse grupo conseguiu permanecer caminhando bem até os 13 anos de idade. A maioria dos cães que apresentam a doença têm dificuldades para caminhar aos oito anos de idade, o morrem em média ao completar o primeiro ano de vida.

Sharon Hesterlee, da MDA, disse que diversas técnicas para tratar a distrofia muscular em camundongos foram bem sucedidas, mas esse é o primeiro exemplo de melhora funcional em um modelo animal da doença em que temos um animal grande, e um significativo passo na direção de testar essas células em humanos.

Os animais receberam injeções via artéria localizada em um dos membros, contendo 50 milhões de células cada uma, a intervalos de um mês, e alguns deles também receberam drogas imuno supressoras.

Os resultados foram coletados via informações biológicas, e por meio de ao menos duas medidas da função muscular. Não houve evidências de resposta imunológica em nenhum dos cães.

Valerie Cwik, diretora médica da MDA e vice-presidente para pesquisas, disse que pesquisadores estão muito otimistas, apesar de não se saber ao certo quanto tempo levará até que esse promissor trabalho seja aplicado em seres humanos (testes clínicos). O fato de que a proteína foi efetivamente entregue a muitos músculos, e não a apenas um músculo por vez, é um fato muito significativo.

A MDA está atualmente financiando o Dr. Guilio Cossu para isolar os mesoangioblastos a partir de biópsias musculares, e antecipando-se para novos estudos.

 

Fonte: http://www.mda.org/research/061115dmd_stem_cell_treatment.html

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