Papel da disfunção da telomerase na falência cardíaca na distrofia muscular de Duchenne
USA – a falência cardíaca é ao lado da disfunção respiratória as maiores causas de mortalidade da distrofia muscular de Duchenne. Paradoxalmente camundongos mdx com a mesma deficiência genética da distrofina exibem disfunção cardíaca mínima, o que dificulta o desenvolvimento de terapias. Os autores postularam que a diferença entre mdx e a doença em humanos pode resultar de diferenças nos comprimentos dos telômeros em camundongos e humanos. Nesta pesquisa eles desenvolveram camundongos mdx que apresentam redução dos telômeros. Assim como os doentes com Duchenne estes camundongos desenvolveram déficits funcionais cardíacos graves, incluindo a dilatação ventricular, disfunção contrátil e condutância e mortalidade acelerada. Estes defeitos cardíacos são acompanhadas pela erosão dos telômeros, a fragmentação mitocondrial e aumento do estresse oxidativo. O tratamento com os antioxidantes, retarda significativamente o aparecimento da disfunção cardíaca ou morte destes animais. Em corroboração, todos os quatro pacientes com Duchenne analisados tiveram 45% telômeros mais curtos em seus cardiomiócitos em relação ao controles com idades e sexo pareados. Os autores propoem que as demandas de contração, na ausência de distrofina, juntamente com o aumento do estresse oxidativo conspiram para acelerar a erosão dos telômeros culminando em insuficiência cardíaca e morte. Estes resultados fornecem um forte apoio para a ligação entre o comprimento dos telômeros e deficiência de distrofina na etiologia da cardiomiopatia dilatada em Duchenne e sugerem que o uso de antioxidantes precocemente pode retardar a evolução da doença cardíaca.
Leiam mais sobre o artigo aqui.