Ácido Valpróico melhora a força, e os níveis da proteína SMN na Atrofia Muscular Espinhal (AME)
A droga valproato (ácido valpróico), atualmente utilizada para tratar a epilepsia, doenças bipolares e enxaquecas, conseguiu aumentar a força muscular em seis adultos portadores de AME tipo 3 ou 4. Todos os participantes do experimento estavam ainda na fase “caminhando”, mesmo que só um pouco. Testes de laboratório sugeriram que o valproato conseguiu elevar os níveis da proteína SMN, necessária mas deficiente nos portadores da AME. Dr. Conrad Weihl e seus colegas anunciaram as descobertas em 8 de agosto último, na revista Neurology. Eles ministraram o valproato durante cerca de oito meses, a sete portadores de AME, com idades que variavam entre 17 a 45 anos. O time de pesquisadores também contou com a participação de Alan Pestronk, diretor da clínica da Associação Americana de Distrofia Muscular na Universidade de St. Louis, Washington. O ganho de força médio obtido foi de 48% a contar do início do tratamento ao momento da última visita à clínica. O participante que alcançou os melhores resultados conseguiu retornar à sua atividade de coletor frutas, e um outro a marchar na banda de sua escola. Outros notaram melhoras em levantar de cadeiras, vestir e a respirar fundo. Ocorreu apenas uma desistência, e foi devida a preocupações com ganho de peso. Em um outro estudo publicado na edição de junho do “Annals of Neurology”, pesquisadores alemães afirmaram ter descoberto evidências de que o ácido valpróico é capaz de aumentar os níveis de SMN em portadores de AME. Entretanto o Dr. Lars Brichta, e seus colegas da Universidade de Cologne, alemanha, em um estudo onde participaram 20 pessoas afetadas pela AME e 10 somente portadoras, submetidas ao tratamento com o ácido valpróico, chama atenção para o fato de que eles mediram os níveis de SMN em células do sangue, o que pode não ter correlação com níveis de SMN em células nervosas ou com a força muscular. No entanto, eles consideram a descoberta como um importante passo em direção ao desenvolvimento de tratamentos para a AME. Fonte: http://www.mdausa.org/research/060810sma_valproic_acid.html — Mais sobre Atrofia Muscular Espinhal (AME): * http://www.curesma.org/portug/default.htm * http://www.sarah.br/paginas/doencas/po/p_06_atrofia_muscu_espinhal.htm |