ALERTA MÉDICO

25 de agosto de 2017 by Izabel Gavinho

ALERTA MÉDICO

                                                                                              Dra Ana Lúcia Langer – CRM 43507

TENHO DOENÇA NEUROMUSCULAR!

ATENÇÃO A ESTAS RECOMENDAÇÕES!

1 – Na falência respiratória não aplicar oxigênio por cateter ou máscara.

2 – Drogas contra-indicadas: HALOTANO, SUCCINILCOLINA, ESTATINAS, AZT

3 – Usar com cautela: OPIÁCEOS, RELAXANTES MUSCULARES, BENZODIAZEPÍNICOS, DROGAS OU ASSOCIAÇÕES QUE PROLONGUEM O INTERVALO QT.

4 – Cuidado com drogas psicoativas: RISCO DE SINDROME NEURO-LÉPTICA MALIGNA.

5 – Em pacientes que usam corticoides (DMD) não usar vacinas de vírus vivo (varicela, sabiri, febre amarela, tríplice viral).

6 – Nos episódios secretivos ter boa vontade para introduzir antibióticos.

7 – Não suspender corticoterapia nos episódios infecciosos. Nos vômitos prolongados com incapacidade de tomar corticoides orais, levar à emergência  para fazê-lo por via parenteral. Lembrar: 5 mg de prednisona equivalem a 6 mg de defiazacorte.

8 – Introduzir manobras de auxílio à tosse nos pacientes secretivos e com pouca potência de tosse (Cough Assist, ambu)

9 – Não suspender remédios cardiológicos nas internações. O paciente que faz uso deles é adaptado à pressões baixas.

10 – Havendo fratura na perna em portadores que deambulam, é preferível fixação cirúrgica para o paciente andar o mais precocemente possível. Esta recomendação vale para cirurgias de alongamento de tendão de Aquiles onde a transposição do m. tibial posterior é recomendada. O paciente que deambula NÃO DEVE FICAR IMOBILIZADO POR MAIS DE 1 SEMANA.

11 – Havendo deterioração neurológica ou sintomas como falta de ar após uma fratura, deve-se pensar em embolia gordurosa.

12 – As transaminases (ALT e AST) são enzimas musculares também e poderão estar aumentadas nas miopatias. Não se deve confundir com doença hepática.

13 – Os cadeirantes devem usar sempre cinto de segurança.

14 – As doenças neuromusculares, com o tratamento correto, tê prognóstico!

 

SÃO INFORMAÇÕES VITAIS!

FALÊNCIA RESPIRATÓRIA

O paciente em falência ventilatória deverá ser ventilado e NUNCA SÓ OXIGENADO. O acometimento da musculatura respiratória acarreta hipoventilação alveolar e, em decorrência, há hipercapnia e hipóxia. A suplementação de O2 agrava a hipoventilação por suprimir o estímulo do centro respiratório pela hipoxia e, também , piora os gases sanguíneos por intensificar a desigualdade da relação ventilação-perfusão (vasodilatação pulmonar pelo O2 e ventilação diminuída). O O2 só deve ser usado nas doenças pulmonares intercorrentes, com suporte ventilatório e monitorização de CO2. Nesta situação e também na apnéia do sono indicamos o aparelho binível com as seguintes especificações: modos ventilatórios diversos como – S, S/T, T; Dois níveis pressóricos; frequência respiratória; Tempo elevado; Tempo inspiratório; Alarmes. O aparelho deve possibilitar a leitura de dados através de programas específicos e ainda o monitoramento de dados durante a ventilação: volume, vazamentos, frequência respiratória, pressões utilizadas e ventilação por minuto. É desejável que tenha a função de volume assegurado através do controle de pressões inspiratórias máximas e mínimas.

Pacientes com disfunção pulmonar devem fazer  tratamento odontológico que exija anestesia geral em centro cirúrgico com monitorização, anestesista e equipamento para potenciais emergências respiratórias e cardiológicas. Existem especificidades dependendo da doença muscular e outros alertas médicos devem ser usados para complementação.

 

LEIA COM CUIDADO: ANESTESIA

 

Nas DNMs há suscetibilidade e agentes anestésicos inalatórios, dentre eles os anestésicos gerais inalatórios: DESFLURANO, ENFLURANO, HALOTANO, ISOFLURANO, METOXIFLURANO, SEVOFLURANO, TRICLOROETILENO, XENON (RARAMENTE USADO) E CURARIZANTES COMO A SUCCINILCOLINA. Óxido nitroso é seguro.

Pode ocorrer hipertemia maligna like com rabdomiólise e consequente liberação de potássio, creatinoquinase-CK e mioglobina na circulação. A parada cardíaca ocorre poe excesso de potássio e a lesão renal, pelo excesso de CK e mioglobina. O tratamento é feito com alcalinização, solução polarizante e dantrolene. Os anestésicos intravenosos são mais seguros, mas pode haver alterações cardíacas pelo efeito depressor dos barbitúricos e do propofol. Hipnomidate e midazolan são seguros. Anestesias regionais e locais podem ser usadas, mas diminuir ou evitar adrenalina local se houver taquicardia.

 

DUAS INFORMAÇÕES IMPORTANTÍSSIMAS!

 

1 – Durante agravos, por exemplo quadros infecciosos, pós-operatório, há um decréscimo de força de toda musculatura. O paciente, nesse momento, pode ter uma descompensação cardíaca ou falência ventilatória. Será necessário, então, avaliação da função miocárdia e respiratória, com possível instalação de drogas vasoativas (dobutamina) e ventilação não invasiva (bipap).

 

2- Extubação: Pacientes que necessitam ser extubados após episódios infecciosos ou grandes cirurgias podem não conseguir ficar em ar ambiente por fadiga muscular. Nessa situação, devem ser colocados e VNI com garantia de volumes em torno de 10ml/kg.

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