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21 de julho de 2017 Camila SalesDistrofia Muscular

Distrofia muscular não tem cura, mas pode ,e deve, ser tratada. Porque esse tratamento faz toda diferença.

Existem tratamentos que objetivam minimizar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida dos pacientes.

Medicamentos com corticóides, principalmente na Distrofia Muscular de Duchenne, podem aumentar a massa muscular, retardar a degeneração muscular e melhorar as funções cardíaca e pulmonar.

A Fisioterapia motora auxilia nos movimentos, equilíbrio, coordenação motora. Previne encurtamentos e retrações musculares precoces e ajuda a corrigir o alinhamento postural.

Fisioterapia respiratória é importante para prevenir complicações pulmonares. Ela melhora a força dos músculos respiratórios e o controle da respiração, auxiliando a realização das atividades diárias.

Hidroterapia em água aquecida além de auxiliar o treino da marcha, alivia dores e promove relaxamento muscular devido ao calor. Possibilita a realização de movimentos que já não são mais possíveis fora da água.

Terapia Ocupacional possibilita a independência nas atividades de vida diária , facilitando a alimentação, cuidados pessoais e de higiene, escrita, uso do computador, entre outras. Adequa e cria equipamentos para manutenção da postura e funcionalidade de membros, retardando deformidades.

É importante acompanhamento cardíaco, nutricional e psicológico.

Muitas pesquisas, no mundo todo, estão em curso.
Para Distrofia Muscular de Duchenne já existem dois medicamentos sendo usados para tipos específicos de defeitos genéticos, trazendo não a cura, mas retardando significativamente a evolução da doença.

Conheça mais sobre Distrofia Muscular acessando a cartilha.



5 de julho de 2017 Camila SalesPoemas

As rodas da vida

Estão girando,

Assim como as rodas

Que me carregam.

A vida

Está sendo vivida,

No meu caso

Sobre rodas.

As rodas da vida

Não cessam seu girar,

Assim como as rodas

Que estão a me levar.

Às vezes a vida

Parece girar

Rápido demais,

E com minhas rodas

Não é diferente.

Outras vezes

Parece nem girar,

E com minhas rodas

Acontece o mesmo.

As rodas da vida

Giram com inteligência,

Sabedoria

E graça,

Tornam possível

A existência

De todas as coisas.

Tento,

A todo custo,

Girar minhas rodas

Na mesma frequência.

Tento,

A todo custo,

Girar minhas rodas

Na mesma direção.

Tento,

A todo custo,

Imitar seus movimentos

Exatos e generosos.

Tenho minhas dificuldades,

E minhas rodas

Giram temerosamente.

Talvez

Tudo se resolva

No dia em que fizer

Das rodas da vida

Minhas rodas para a vida.



Sinopse

Esta obra traz o relato, em primeira pessoa, das experiências de vida de um portador de Distrofia Muscular de Duchenne, de seu nascimento à fase adulta. São relatos que revelam os primeiros sintomas, a busca por um diagnóstico, a confirmação da distrofia e sua evolução; o acompanhamento junto a ABDIM e a passagem pelos inúmeros e constantes tratamentos ao longo dos anos; bem como detalhes a respeito de sua vida familiar, escolar e profissional, seu desenvolvimento psicológico, emocional e afetivo, do enfrentamento e superação das limitações.

São relatos de um apaixonado pela vida, que sempre assumiu uma postura otimista, acreditou em sua capacidade e procurou transformar suas dificuldades em meios para crescer enquanto pessoa.



25 de abril de 2017 Izabel GavinhoDicas de Livros

O livro “CONTOS VERÍDICOS INACREDITÁVEIS”, de autoria de José Carlos Borges, tem todos os ingredientes para uma leitura de fácil digestão. Textos curtos, com muita criatividade, que prendem a nossa atenção de princípio ao fim. Vale a pena lê-lo.Toda a arrecadação será destinada à Associação Carioca de Distrofia Muscular – Acadim.Os interessados terão a opção de adquirir o livro:1 – pessoalmente na Acadim pelo preço de R$ 15,00 – Rua Santo Afonso, 215 bloco 02 / Sala 911 – Tijuca.2 – via correio com depósito de R$ 21,00 (custo de envio de RS 6,00 e mais RS 15,00 a unidade do exemplar) em conta bancaria:– Banco Itaú Ag. 1246 C/C 23.201-9.



2 de abril de 2017 Izabel GavinhoSem categoria

USA – no Experimental Biology, maior congresso de ciências básicas dos Estados Unidos, serão apresentados três trabalhos de um mesmo grupo que reforçam o papel das alterações vasculares na distrofia muscular de Duchenne. Estudos prévios demonstraram que há uma incapacidade dos portadores de distrofia de Becker em reduzir a vasocontrição reflexa desencadeada por exercícios. Nestes três trabalhos, dois em seres humanos e um em camundongos este efeito é novamente demonstrado. Além disso com o uso de inibidores da fosfodiesterase habitualmente utilizados em disfunção erétil, como o tadalafil ou sildenafil, a resposta vasoativa se recupera ao menos parcialmente.

O resumo em inglês destes trabalhos pode ser lido aqui:

a) (Experimental Biology, 2013) Phosphodiesterase 5 inhibition rescues functional sympatholysis in Duchenne Muscular Dystrophy
Michael Nelson, Elizabeth A. Martin, Xiu Tang, Jimmy Johannes, Joshua Lewis, Swaminatha V. Gurudevan, Stanley Nelson, Carrie Miceli, Ronald G. Victor.

We recently reported that functional sympatholysis (i.e., muscle contraction-induced attenuation of reflex vasoconstriction) is impaired in Becker Muscular dystrophy and rescued by phosphodiesterase (PDE)5 inhibition with tadalafil. However, tadalafil failed to rescue sympatholysis in one BMD patient with a rapidly progressive disease resembling Duchenne Muscular Dystrophy. Thus, we tested the ability of two different phosphodiesterase inhibitors, tadalafil and sildenafil, to rescue sympatholysis in DMD. In 6 boys with DMD (ages 7-13) and 8 healthy controls, we measured reflex vasoconstriction (decreased forearm muscle oxygenation [ΔHb02, near infrared spectroscopy] evoked by lower body negative pressure) at rest and during rhythmic handgrip exercise. First, we confirm that sympatholysis is impaired in DMD, because handgrip greatly attenuated vasoconstriction in controls (ΔHb02:-22±6 vs. -9±5 %, p<.05; rest vs. HG) but caused no attenuation in DMD (-17±2 vs. -15±3%). Then, in a randomized single dose (0.5 mg/kg) cross-over trial of tadalafil vs. sildenafil, we show that sympatholysis is rescued in DMD by either PDE5 inhibitor (tadalafil: -21±3 vs. -11±4; sildenafil, -22±4 vs. -12±3%; ΔHb02 rest vs. HG). PDE5 inhibition therefore constitutes a putative therapeutic treatment option for patients with either Becker or Duchenne Muscular Dystrophy.

Support: Parent Project Muscular Dystrophy

b) (Experimental Biology, 2013) Tadalafil-sensitive impairment in muscle blood flow during exercise in Duchenne Muscular Dystrophy
Michael Nelson, Elizabeth A. Martin, Xiu Tang, Jimmy Johannes, Joshua Lewis, Swaminatha V. Gurudevan, Ronald G.Victor

Out-of-frame mutations in the dystrophin gene cause Duchenne muscular dystrophy (DMD)—a devastating X-linked muscle wasting disease for which there is no treatment other than corticosteroids. In DMD, loss of the cytoskeletal protein dystrophin impairs sarcoelmmal targeting of nNOS, which is the main source of skeletal muscle-derived nitric oxide (NO). We previously showed that loss of nNOS impairs the normal exercise-induced attenuation of reflex vasoconstriction in dystrophic skeletal muscle, thus implicating a putative vascular component to the pathogenesis of DMD. Here we present data on a second phenotype, that muscle blood flow (BF, measured by Doppler ultrasound of the brachial artery) fails to increase normally during mild rhythmic handgrip exercise in 6 boys with DMD (7-13 years of age) compared with 8 age-matched male controls (Ctrls): ΔBF:+13±5% vs. +81±10%, respectively (p<.05). Moreover, we show that the phosphodiesterase 5 inhibitor Tadalafil, restores active hyperemia in boys with DMD in a dose-dependent manner: 0.5 mg/kg, +56±13%; 1.0 mg/kg, +72+18% These data significantly advance the vascular hypothesis of DMD and implicate PDE5 inhibition as a putative therapeutic treatment option. Support: Parent Project Muscular Dystrophy, Heart and Stroke Foundation of Canada (MN)

c) (Experimental Biology, 2013) Chronic tadalafil treatment ameliorates functional muscle ischemia and exercise-induced muscle injury in dystrophin- deficient mdx mice. Liang Li, Nancy Zepeda, Ronald G Victor, Gail D Thomas. The
Heart Institute, Cedars-Sinai Medical Center, Los Angeles, CA

The dystrophin-deficient muscles of patients with Duchenne or Becker muscular dystrophy and mdx mice are susceptible to ischemia during exercise due to loss of sarcolemmal neuronal nitric oxide synthase (nNOS). We showed that functional muscle ischemia is alleviated in patients and mice by acute treatment with the phosphodiesterase 5A (PDE5A) inhibitor tadalafil to boost NO-cGMP signaling in the diseased muscles. We now asked if this anti-ischemic effect is sustained during chronic PDE5A inhibition. We fed mdx mice control or medicated diets (tadalafil, 4 mg/kg) for 3 months and then evaluated norepinephrine (NE)-induced hindlimb vasoconstriction. NE evoked similar decreases in femoral vascular conductance (FVC) in resting and contracting hindlimbs of untreated mdx mice, indicating functional muscle ischemia (ΔFVC contraction/rest, 1.07 ± 0.13; n=10). NE-induced ischemia was attenuated in tadalafil-treated mice (ΔFVC contraction/rest, 0.61 ± 0.06; n=9; P<0.05 vs untreated) and was similar to C57BL10 controls (ΔFVC contraction/rest, 0.50 ± 0.08; n=10).

Serum creatine kinase activity was elevated 6-fold post-exercise in untreated mice, but only 2.5-fold in treated mice (P<0.05). These findings indicate that chronic PDE5A inhibition counteracts functional muscle ischemia in mdx mice, which may reduce injury of the vulnerable dystrophin-deficient muscles during exercise. Supported by MDA, 158944. 

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm

 



24 de janeiro de 2017 Izabel GavinhoNotícias

Empresa patrocinadora do estudo: Eli Lilly Co. (http://www.lilly.com/)

Conceito: Portadores de distrofia muscular de Duchenne (e distrofia muscular de Becker) apresentam insuficiência no fluxo sanguíneo dos músculos, o que, imagina-se, contribui para uma maior fraqueza e fadiga muscular. Esta insuficiência advém do fato de que tanto na DMD, quanto na DMB, há uma deficiência de nNOS (Óxido Nítrico Sintetase Neuronal), que controla o diâmetro dos vasos que irrigam os músculos.

O Tadalafil (nome genérico da droga Cialis) já vem sendo usado com segurança, há anos, para tratar a disfunção erétil, justamente por ser capaz de dilatar os vasos sanguíneos, melhorando o fluxo sanguíneo e a irrigação dos tecidos.

Objetivo: O objetivo principal do estudo é determinar se a droga consegue reduzir a velocidade de declínio da capacidade de deambular de meninos com DMD. A avaliação principal será efetuada por meio do teste da caminhada de seis minutos (6MWD). O estudo também avaliará a segurança da droga, e possíveis efeitos colaterais que possam existir.

Os participantes do estudo serão submetidos ao tratamento recebendo Tadafil (ou recebendo placebo) durante as primeiras 48 semanas do estudo, e poderão prosseguir por 48 semanas adicionais, durante as quais todos receberão Tadalafil.

Início do estudo: Setembro/2013
Estimativa para o fim do estudo: Novembro/2016
Estimativa para alcançar  objetivo primário: Novembro/2015
Dosagem Tadalafil: 0,3 mg/kg (uma vez ao dia) e 0,6 mg/kg (uma vez ao dia);
Placebo: Tomado uma vez ao dia;

O número estimado de participantes é de 306 meninos com DMD.

Critérios de participação:

  • Idades variando entre 7 e 14 anos, com diagnósticos clínicos típicos (aparecimento dos primeiros sinais da doença antes dos 6 anos de idade, elevados níveis de CPK, crescente dificuldade para caminhar), acrescidos de, ou confirmação da DMD via teste genético; ou biópsia muscular mostrando uma quase inexistência de distrofina;
  • Os participantes deverão estar recebendo terapia por corticosteroides por no mínimo seis meses, sem que tenha havido mudança significativa na dosagem diária ou mudança no regime de dosagem, por no mínimo 3 meses imediatamente anteriores à seleção para o estudo; e uma expectativa razoável de que nem a dosagem diária, nem o regime de dosagem, mudarão significativamente durante o estudo;
  • Os participantes deverão conseguir completar o teste da caminhada de 6 minutos com resultados dentro de uma variação máxima de 20% entre cada um, num mínimo de duas avaliações pré-randomizadas;
  • Fração de ejeção do ventrículo esquerdo maior ou igual a 50 (medida por ecocardiograma);
  • Devem fornecer autorização dos pais/guardiões legais;

Critérios de exclusão:

  • Cardiomiopatia sintomátima, ou insuficiência cardíaca;
  • Mudança no tratamento profilático da insuficiência cardíaca nos 3 meses anteriores ao estudo;
  • Arritmia cardíaca;
  • Ter participado em estudo com base em terapia genética, oligonucleotídeos antisense, ou terapia tipo códon de parada prematura;
  • Incapacidade de tomar medicamentos por via oral;
  • Uso de qualquer tratamento farmacológico nos 3 meses anteriores ao tratamento (exceto corticosteroides), que possa afetar a força muscular (ex: hormônio de crescimento, esteroides anabolizantes, etc);
  • Tratamentos novos, ou mudança de tratamento, com ervas ou suplementos dietéticos, tomados na expectativa de se obter efeitos positivos na força muscular, ou sua função, um mês antes de receber a primeira dose do estudo;
  • Ter passado por cirurgia até três meses antes do início do estudo que possa afetar a força ou função muscular, ou ter cirurgia planejada para qualquer momento durante o estudo;
  • Evidência de qualquer lesão nos membros inferiores que possa afetar a performance no teste da caminhada de seis minutos;
  • Graves problemas comportamentais, incluindo autismo grave ou distúrbio do déficit de atenção, que possam interferir no teste da caminhada de seis minutos;
  •  Contraindicações ao Tadalafil;
  • Histórico de insuficiência renal ou evidências clínicas de cirrose;
  • Alergia conhecida a quaisquer dos excipientes das cápsulas de Tadalafil, notadamente a lactose;
  • Utilizar correntemente, ou nos seis últimos meses, tratamento com drogas inibidoras da Fosfodiesterase Tipo 5.

Centros onde ocorrerão os estudos:

http://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/study/NCT01865084?show_locs=Y#locnn



9 de agosto de 2016 Camila SalesEntrevistas

Meir Schneider, Terapeuta Ucraniano conta como conseguiu reverter sua cegueira  (*)

Claudia Gisele Pinto  (**)

As doenças, principalmente as irreversíveis, sempre atuaram entre os homens provocando medo e angústia. Ao se depararem com a problemática de adquirir um mal que não terá cura, as pessoas se dirigem a todos os meios e processos imagináveis, como o esoterismo, a paranormalidade e o espiritismo, na tentativa de reverter tal situação. São inúmeros os relatos de pessoas que recuperaram a saúde ou que negaram a condenação à morte.

A Auto-Cura é algo que a ciência não explicou e que não se pode prever. Imagina-se que esteja ligada a uma enorme energia interior que consegue agir diretamente ao corpo físico. O caminho para a compreensão destes fenômenos corresponde a um universo abstrato, povoado pelas dúvidas e suposições.

Durante passagem pelo Brasil, oportunidade em que realizou uma série de palestras e workshops, o terapeuta Meir Schneider concedeu uma entrevista à  revista Sentidos, para contar sua experiência.

Meir nasceu na Ucrânia em 1954 com Catarata Congênita, além de outras complicações visuais. Foi criado como uma criança cega e alfabetizado pelo método Braille. Aos 16 anos, resolveu iniciar uma luta contra a cegueira, recuperando, aos 17, 80% de sua visão.

Com base em seu trabalho pessoal, Meir desenvolveu um método de reabilitação denominado Self-Healing. Em 1975 emigrou-se para os Estados Unidos, país onde se encontra radicado atualmente, e difundiu seu método.

Meir conta que quando nasceu, a medicina ainda não tinha evoluído o suficiente para que se evitasse sua cegueira.

“Quando uma criança nasce, ela enxerga por um momento, depois, durante suas primeiras oito semanas de vida, ela não vê mais nada. Após este período, o cérebro começa a enviar estímulos para que os olhos da criança iniciem o processo de desenvolvimento da visão. Caso os olhos não correspondam a estes estímulos, a criança fica cega, uma vez que a mente dela entenda assim”, explica o terapeuta.

Se durante o período de oito semanas Meir tivesse sido operado, seus olhos seriam capazes de responder aos estímulos que sua mente enviava.

Os dois filhos de Meir também nasceram com Cataratas, mas, como foram operados no intervalo destas oito semanas, puderam desenvolver sua visão normalmente.

Sentidos: Como utilizar nosso corpo físico e nossa mente no auxílio à cura de doenças?

Meir: O corpo tem um potencial incrível de se curar e de se proteger. Existem muitas maneiras de encontrar este potencial. Normalmente você encontra o que procura. Se você olha o corpo como um engenheiro, procurando algo que precisa ser concertado, você o enxerga de uma forma parcial e não completa. Mas se você olha o corpo como algo que pode ser melhorado e funcionar melhor, então você encontra respostas de como fazer isto.

E quais seriam estas maneiras?

Meir: Nós temos 600 músculos no corpo e a maioria das pessoas utilizam apenas 50. Os músculos que não são trabalhados tendem a ter sua mobilidade prejudicada. Podemos estar relaxando os músculos que mais usamos e fortalecendo os outros. Este é o primeiro princípio de nosso trabalho: utilizar o potencial que temos. O segundo é o relaxamento. Eu não acredito em trabalhar duro para conseguir coisa alguma, eu acredito em trabalhar da forma mais relaxada possível.
O terceiro princípio é a conexão entre a mente e o corpo. A mente é capaz de bloquear as melhores coisas de nosso corpo e vice-versa.

.Você fala em trabalhar sem esforçar muito os músculos. O que acontece então com os esportistas que trabalham exaustivamente seus músculos?

Meir: Eu corro muito, às vezes até 40 km e sempre de uma maneira relaxada. A sensação ao correr tem que ser confortável, se não for, você paga um preço alto. Eu não vejo atletas com vida longa, eles normalmente não passam dos 60. O importante não é o que você consegue alcançar, mas a forma com que se alcança.

.Nós criamos nossas doenças?

Meir: Algumas vezes sim, outras não. Mas nós podemos corrigir as patologias de nossa mente. O meio exterior provoca a maioria de nossas doenças, mas nós as exacerbamos com a nossa mente. Um bom exemplo sou eu mesmo. Na minha infância eu lia em Braille e quando eu olhava de perto para entender as letras, meu professor dizia: olhe para longe, você precisa aprender a sentir as letras. Fui instruído a esquecer que eu sabia ver. É isto que a mente faz com as nossas funções, ou melhora ou piora.

.Conte um pouco mais de sua experiência.

Meir: Eu nasci com cataratas e esse não é um problema para adultos. Se você tem cataratas quando adulto, poderá ter o cristalino removido e passar a ver 95% do que via antes, sem maiores problemas. Mas se você nasce com cataratas, a coisa é diferente. Eu fui operado com quatro anos, com esta idade estava muito atrasado para conseguir a cura, pois a operação deveria ter sido feito entre minhas primeiras oito semanas de vida. Apesar de minha operação não ter tido sucesso, minha avó, que tinha uma filha surda e era muito curiosa, procurava levantar tudo o que tinha no mundo da medicina e persistia em outras operações. Fizeram todo tipo de experiência nos meus cristalinos, passei por cinco operações e acabei ficando apenas com 0,75% da visão. Fui criado como uma criança cega, mas eu não aceitava este rótulo de ser cego. Esta foi a razão pela qual eu consegui sair desta condição.

.Como começou a desenvolver os exercícios?

Meir: Um colega me passou os exercícios que tirou de um livro de um oftalmologista americano. Eu passava treze horas por dia praticando exercícios. A primeira coisa que minha professora ensinou era que, para enxergar, precisaria relaxar os olhos. O que pra mim foi difícil porque eu pensava: como relaxar olhos cegos?
O método que desenvolvi consiste em praticar exercícios com os músculos profundamente relaxados, estimular a oxigenação celular através de técnicas respiratórias e massagens corporais. O objetivo do método é criar uma conexão entre a mente e o corpo.

.Você acredita que as pessoas podem se curar pela Fé?

Meir : A fé pode fazer algumas coisas. Você pode acreditar que as coisas vão mudar, mas você tem que colaborar para isto, para as coisas acontecerem.

.Você gostaria de deixar alguma mensagem?

Meir: Sim. Hoje em dia eu sinto que as pessoas querem ter realizações através de caminhos curtos. Minha mensagem é que as pessoas percebam que precisam se abrir para as possibilidades que o corpo tem, precisam conhecer seu próprio potencial. Para se curar através do método que desenvolvi, a pessoa tem que acreditar no potencial de seu corpo.

Estou muito feliz de estar na sua revista, porque uma pessoa como eu tem uma certa dificuldade de ser incluído na sociedade. Eu não quero brigar pelas minhas idéias, eu quero que elas sejam aceitas.

(*) Matéria transcrita da Revista Sentidos, publicada em 05/03/02

(**) Claudia Gisele Pinto é jornalista da Revista Sentidos

e-mail: faleconosco@sentidos.com.br

O método Self-Healing de Meir Schneider é uma combinação original de práticas de massagem terapêutica, exercícios suaves, movimentos passivos, respiração, visualização, e, quando for o caso, exercícios para reabilitação da visão.

Usando tais instrumentos o terapeuta de Self-Healing ajuda seus clientes a reverter o progresso de ampla variedade de condições degenerativas, como esclerose múltipla, distrofia muscular, pólio e pospólio, artrite, dores crônicas, problemas visuais como erros de refração (miopia, astigmatismo, etc.), glaucoma, degenerações de retina e muitas outras doenças dos olhos. que combina massagem, movimento e tratamentos para a melhoria da visão. Nenhuma outra escola ensina este método.

Serviço:

Para conhecer melhor Meir Schneider e o Método Self-Healing –
Livros publicados:
Uma Lição de Vida – Editora Cultrix
(My Life and Vision – Editora Penguin) traduzido em oito idiomas.
Manual de Autocura – volumes I e II Método Self-Healing – Editora Triom (The Handbook of Self-Healing – Editora Penguin)



8 de agosto de 2016 Camila SalesEntrevistas

ACADIM: O que é Acupuntura?

Melania Sidorak: É um método terapêutico que procura estimular as funções homeostáticas do organismo em sua totalidade, seguindo normas estabelecidas por um conhecimento milenar baseado no estímulo periférico, i.e. com agulhas metálicas inseridas através da pele em pontos eletricamente ativos, enviando estímulos eletro fisiológicos que em uma reação em cadeia desencadeia a normalização das funções orgânicas em questão. Neste particular, temos boas evidências após a descoberta e estudos da neurofisiologia molecular especialmente relativo aos neurotransmissores.

ACADIM: Como surgiu a Acupuntura?

Melania Sidorak: O surgimento da Acupuntura perde-se nos tempos e culturas antigas do extremo Oriente, especialmente. Entretanto, encontramos hoje evidências deste conhecimento em inúmeras culturas antigas.

ACADIM: Como funciona a Acupuntura?

Melania Sidorak: Seu funcionamento, a cada dia, passa por revisões profundas em decorrência do avanço da ciência que desvenda sempre maior campo de utilização e entendimento de seus mecanismos de vista ao Jornal da ACADIM disse, dia por revisões profundas em decorrência utilização Afirmou que Acupuntura significa apresentando condutividade elétrica tratamento pode apresentar maior estado de saúde, ação. No momento em que a neuro-fisiologia passou a estudar os mecanismos da dor, a descoberta de inúmeros neurotransmissores como as endorfinas, encefalinas etc. e suas inter-relações nas funções fisiológicas da homeostase, na regeneração dos tecidos, enfim na manutenção da saúde e qualidade de vida, passou-se a ter um entendimento à luz da ciência dos iomilagrososl. resultados da Acupuntura, abrindo amplamente seu campo de atuação e pesquisa.

ACADIM: De que doenças trata a Acupuntura?

Melania Sidorak: Em função de seu próprio espectro de ação ser integrativo, estimulador e regulador, poderíamos dizer que especta-se uma ação na totalidade dos fatores mantenedores da saúde e/ou qualidade de vida em dependência do quantum vital de cada organismo, tanto na sua capacidade criadora como estabilizadora. Atualmente necessita-se ainda de estudos e pesquisas que delimitem, seguindo metodologia ocidental, este potencial.

ACADIM: Como é o tratamento?

Melania Sidorak: Tradicionalmente, como o próprio nome diz: Acupuntura significa punção com agulhas metálicas, compostas de vários metais, apresentando condutividade elétrica diferentes com fins terapêuticos específicos. Usam-se hoje vários métodos e materiais, tais como: correntes elétricas, raios laser especialmente para desencadear os efeitos esperados nos pontos de Acupuntura. Estes métodos decorrem do entendimento de que outros estímulos que não somente as isagulhasl, seriam capazes de desencadear os mecanismos de ação terapêutica a partir dos pontos eletricamente ativos da superfície corporal.

Acadim: O tratamento é doloroso?

Melania Sidorak: O tratamento pode apresentar maior ou menor grau de sensibilidade em decorrência do aspecto individual, estado de saúde, técnica do operador e do material utilizado. Entretanto, a sensibilidade dolorosa pode diferenciar-se em cada tipo de tratamento. Por outro lado, a nossa cultura muitas vezes relata e identifica como dor aquilo que é sensibilidade fisiologicamente normal. No entanto, o corpo sensitivo é individual em suas respostas, ou seja, uma imdorlt maior ou menor é decorrente da percepção individual. Raras são as pessoas que não suportariam um tratamento acupuntural e, nestes casos, existe sempre um fator emocional importante agindo em primeiro plano.

Acadim: Pode transmitir infecção?

Melania Sidorak: A questão de transmissão de infecções hoje é tratada de forma metodológica, pois usam-se métodos de esterilização preconizados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Não se encontra na literatura casos comprovados de infecções transmitidas por acupuntura. Pode, ocasionalmente, ocorrer reações epidérmicas por má técnica e/ou utilização de material inadequado.

Acadim: Quem pode receber tratamento?

Melania Sidorak: Qualquer pessoa que necessite do tratamento e/ou o deseje.

Acadim: Que reações podem ocorrer?

Melania Sidorak: As reações ao tratamento comumente fazem-se sentir em estado geral de bem estar relaxante e alívio de dor, quando é o caso. Enfim, as reações serão pertinentes ao quadro clínico do indivíduo.

Acadim: Fale alguma coisa sobre sua experiência com Acupuntura.

Melania Sidorak: Minha experiência com Acupuntura iniciou-se ainda na fase acadêmica, em pesquisas e segui estudando e identificando sua possibilidade terapêutica até o momento, com resultados satisfatórios. Há muita coisa ainda a ser desenvolvida e o trabalho continua.


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