12 de setembro de 2014 Izabel GavinhoNotícias

Japão – efeitos ruins da dieta rica em fósforo e da sobrecarga de fósforo foram descritos em várias doenças, o que motivou seu estudo em camundongos com distrofia muscular; os estudos demonstraram que a ingestão excessiva de fósforo e a sua sobrecarga acarretam piora das alterações patológicas dos músculos distróficos e a redução da ingestão de fósforo melhoraram as características dos músculos.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(The American Journal of Pathology,2014) Dietary Phosphorus Overload Aggravates the Phenotype of the Dystrophin-Deficient mdx mouse

Eiji Wada, Mizuko Yoshida, Yoriko Kojima, Ikuya Nonaka, Kazuya Ohashi, Yosuke Nagata, Masataka Shiozuka, Munehiro Date, Tetsuo Higashi, Ichizo Nishino, Ryoichi Matsuda – Japan

Duchenne muscular dystrophy is a lethal X-linked disease with no effective treatment. Progressive muscle degeneration, increased macrophage infiltration, and ectopic calcification are characteristic features of the mdx mouse, a murine model of Duchenne muscular dystrophy. Because dietary phosphorus/phosphate consumption is increasing and adverse effects of phosphate overloading have been reported in several disease conditions, we examined the effects of dietary phosphorus intake in mdx mice phenotypes. On weaning, control and mdx mice were fed diets containing 0.7, 1.0, or 2.0 g phosphorus per 100 g until they were 90 days old. Dystrophic phenotypes were evaluated in cryosections of quadriceps and tibialis anterior muscles, and maximal forces and voluntary activity were measured. Ectopic calcification was analyzed by electron microscopy to determine the cells initially responsible for calcium deposition in skeletal muscle. Dietary phosphorus overload dramatically exacerbated the dystrophic phenotypes of mdx mice by increasing inflammation associated with infiltration of M1 macrophages. In contrast, minimal muscle necrosis and inflammation were observed in exercised mdx mice fed a low-phosphorus diet, suggesting potential beneficial therapeutic effects of lowering dietary phosphorus intake on disease progression. To our knowledge, this is the first report showing that dietary phosphorus intake directly affects muscle pathological characteristics of mdx mice. Dietary phosphorus overloading promoted dystrophic disease progression in mdx mice, whereas restricting dietary phosphorus intake improved muscle pathological characteristics and function.



Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



24 de agosto de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – amitriptilina é um antidepressivo ainda bastante utilizado. O uso desta droga em camundongos com distrofia muscular causou redução da inflamação dos músculos e redução da ansiedade e depressão com aumento da quantidade de serotonina no sistema nervoso central.

Leia mais informações aqui.


Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



24 de agosto de 2014 Izabel GavinhoNotícias

A pesquisa de fase 3, multicêntrica, que objetiva avaliar a eficácia do medicamento da PTC (Ataluren), em um ensaio clínico de 48 meses de duração em um grupo grande de meninos com Distrofia Muscular de Duchenne foi autorizada pelos órgão regulatórios nacionais (CONEP, ANVISA, e Comitês de Ética em Pesquisa locais). A inclusão de pacientes no mundo todo se encerra na próxima semana e no Brasil contamos com a participação de equipe de pesquisa na cidade de São Paulo (USP) e na cidade do Rio de Janeiro (IPPMG/UFRJ).

Esta substância se mostrou capaz de modificar a produção da proteína chamada distrofina. Esta proteína é ausente em todos os meninos com a Distrofia Muscular de Duchenne. No entanto existem diferentes alterações do gene da distrofina que geram a perda da produção desta proteína. A substância em teste atua apenas nos casos daqueles que tem como alteração genética as mutações de ponto que geram um codon de parada. Portanto casos que tenham deleção ou duplicação do gene da distrofina não tem benefício com a substância e não são incluídos na pesquisa.

Fazem parte dos critérios de inclusão para este estudo a comprovação desta alteração genética (presença de mutação determinando codon de parada) pelo exame chamado de sequenciamento genético, ter idade entre 7 e 16 anos, estar andando, em uso de corticoide em alguns esquemas específicos há mais de 6 meses de forma estável (sem mudança de dose ou forma de administração).

Diane M. Goetz | Senior Director, Patient and Professional Advocacy | PTC Therapeutics 



20 de julho de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – os autores já tinham demonstrado que em cultura de células de distrofia muscular os oligonucleotídeos tinham a capacidade corrigir o defeito genético. Nesta pesquisa as células satélites musculares corrigidas em laboratório foram injetadas em camundongos com distrofia muscular. Os resultados mostraram a expressão progressiva da distrofina e melhora das alterações patológicas musculares. O método se mostrou viável e permitiria corrigir as células do próprio paciente, evitando reações imunológicas.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(Stem Cells, 2014;32(7): 1817-30) Ex Vivo Gene Editing of the Dystrophin Gene in Muscle Stem Cells Mediated by Peptide Nucleic Acid Single Stranded Oligodeoxynucleotides Induces Stable Expression of Dystrophin in a Mouse Model for Duchenne Muscular Dystrophy

Farnoosh Nik-Ahd and Carmen Bertoni – USA

Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a fatal disease caused by mutations in the dystrophin gene, which result in the complete absence of dystrophin protein throughout the body. Gene correction strategies hold promise to treating DMD. Our laboratory has previously demonstrated the ability of peptide nucleic acid single-stranded oligodeoxynucleotides (PNA-ssODNs) to permanently correct single-point mutations at the genomic level. In this study, we show that PNA-ssODNs can target and correct muscle satellite cells (SCs), a population of stem cells capable of self-renewing and differentiating into muscle fibers. When transplanted into skeletal muscles, SCs transfected with correcting PNA-ssODNs were able to engraft and to restore dystrophin expression. The number of dystrophin-positive fibers was shown to significantly increase over time. Expression was confirmed to be the result of the activation of a subpopulation of SCs that had undergone repair as demonstrated by immunofluorescence analyses of engrafted muscles using antibodies specific to full-length dystrophin transcripts and by genomic DNA analysis of dystrophin-positive fibers. Furthermore, the increase in dystrophin expression detected over time resulted in a significant improvement in muscle morphology. The ability of transplanted cells to return into quiescence and to activate upon demand was confirmed in all engrafted muscles following injury. These results demonstrate the feasibility of using gene editing strategies to target and correct SCs and further establish the therapeutic potential of this approach to permanently restore dystrophin expression into muscle of DMD patients.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



20 de julho de 2014 Izabel GavinhoNotícias

Irlanda e USA – a amitriptilina é um depressivo antigo mas ainda bastante utilizado. Camundongos com distrofia muscular tem um grau de ansiedade maior que os camundongos controles. Nesta pesquisa os autores observaram que o tratamento com amitriptilina melhora o humor dos camundongos com distrofia muscular. Além disso ocorreu uma redução das citocinas inflamatórias nos músculos e no sistema nervoso central.

O resumo em inglês desta pesquisa pode ser lido abaixo:

(Exp Physiol, Jun 2014) Amitriptyline is efficacious in ameliorating muscle inflammation and depressive symptoms in the mdx mouse model of Duchenne muscular dystrophy

Jennifer Manning, Rebecca Kulbida, Prerana Rai, Lindsay Jensen, Judith Bouma, Sanjay P. Singh, Dervla O’Malley, and Deniz Yilmazer-Hanke – Ireland and USA

Mutations in the structural protein dystrophin underlie muscular dystrophies characterized by progressive deterioration of muscle function. Dystrophin deficient mdx mice are considered a model for Duchenne Muscular Dystrophy (DMD). DMD sufferers are also susceptible to mood disorders such as depression and anxiety. Therefore, the study objectives are to investigate the effects of the tricyclic antidepressant, amitriptyline on mood, learning, central cytokine expression and skeletal muscle inflammation in mdx mice. Amitriptyline‐induced effects (10 mg kg−1 daily SC injections, 25 days) on the behaviour of mdx mice were investigated using the open field arena and tail suspension tests. The effects of chronic amitriptyline treatment on inflammatory markers were studied in the muscle and plasma of mdx mice and mood‐associated monoamine and cytokine concentrations were measured in the amygdala, hippocampus, prefrontal cortex, striatum, hypothalamus and midbrain. Mdx mice exhibited increased levels of anxiety and depressive‐like behaviour compared to wild‐type mice. Amitriptyline‐treatment had anxiolytic and anti‐depressant effects in mdx mice associated with elevations in serotonin levels in the amygdala and hippocampus. Inflammation in mdx skeletal muscle tissue was also reduced following amitriptyline treatment as indicated by decreased immune cell infiltration of muscle and lower levels of the pro‐inflammatory cytokines tumour necrosis factor‐alpha (TNF‐α) and interleukin‐6 (IL‐6) in the forelimb flexors. IL‐6 mRNA expression was remarkably reduced in the amygdala of mdx mice by chronic amitriptyline treatment. Positive effects of amitriptyline on mood, in addition to its anti‐inflammatory effects in skeletal muscle, may make it an attractive therapeutic option for individuals with DMD.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



20 de julho de 2014 Izabel GavinhoNotícias

 Dinamarca – estudos experimentais demonstraram que o sildenafil, indicado para disfunção erétil, pode melhorar a força muscular, melhorar a oxigenação dos músculos, melhorar a função cardíaca entre outras ações. Nesta pesquisa 16 pacientes com Becker foram tratados com sildenafil e não apresentaram nenhuma melhora tanto na força muscular quanto na função cardíaca. Os pacientes não apresentaram efeitos colaterais. 

O resumo em inglês do artigo pode ser lido abaixo:

(Annals of Neurology, 2014) Effect of sildenafil on skeletal and cardiac muscle in Becker muscular dystrophy

N Witting, C Kruuse, B Nyhuus, KP Prahm, G Citirak, SJ Lundgaard, S von Huth, N Vejlstrup, U Lindberg, TO Krag and J Vissing – Dennark

Background; patients with Becker and Duchenne muscular dystrophies, (BMD and DMD) lack neuronal nitric oxide synthase (nNOS). nNOS mediates physiological sympatholysis, thus ensuring adequate blood supply to working muscle. In mice lacking dystrophin, restoration of nNOS effects by a phosphodiesterase 5 (PDE5) inhibitor (sildenafil), improves skeletal and cardiac muscle performance. Sildenafil also improves blood flow in patients with BMD. We therefore hypothesized that sildenafil would improve blood flow, maximal work capacity and heart function in patients with BMD.

Methods; a randomised, double-blind, placebo-controlled crossover design with two 4-week periods of treatment, separated by 2-week wash-out was used. We assessed brachial artery blood flow during maximal handgrip exercise, six minutes walk test, maximal oxidative capacity, life quality, and cardiac function was evaluated by MRI at rest and during maximal handgrip exercise. Muscle nNOS and PDE5 was tested with western blotting in 5 patients

Findings; sixteen patients completed all skeletal muscle evaluations and 13 the cardiac MRI investigations. Sildenafil had no effect on any of the outcome parameters. No serious adverse effects were recorded. PDE5 and nNOS were deficient in 5/5 biopsies

Interpretation; despite positive evidence from animal models of dystrophinopathy and physiological findings in patients with BMD, this double-blind, placebo-controlled clinical study showed no effect of sildenafil on blood flow, maximal work capacity and heart function in adults with BMD. This discrepancy may be explained by a significant down-regulation of PDE5 in muscle.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



20 de julho de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – estudos experimentais demonstraram que o sildenafil, indicado para disfunção erétil pode causar melhora da função cardíaca e muscular na distrofia de Duchenne/ Becker. Neste estudo com 15 pacientes os resultados sugeriam uma piora da função cardíaca e a pesquisa foi interrompida. Apesar do número pequeno de pessoas neste estudo o resultado com o uso de sildenafil foi negativo. 

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

Objective:
Duchenne and Becker muscular dystrophy (DBMD) are allelic disorders caused by mutations in dystrophin. Adults with DBMD develop life-threatening cardiomyopathy. Inhibition of phosphodiesterase 5 (PDE5) improves cardiac function in mouse models of DBMD. To determine if the PDE5-inhibitor sildenafil benefits human dystrophinopathy, we conducted a randomized, double-blind, placebo-controlled trial (ClinicalTrials.gov, number NCT01168908).

Methods:
Adults with DBMD and cardiomyopathy (ejection fraction ≤50%) were randomized to receive sildenafil (20mg three times daily) or placebo for 6 months. All subjects received an additional 6 months of open-label sildenafil. The primary endpoint was change in left ventricular end-systolic volume (LVESV) on cardiac MRI. Secondary cardiac endpoints, skeletal muscle function, and quality of life were also assessed.

Results:
An interim analysis (performed after 15 subjects completed the blinded phase) revealed that 29% (4/14) of subjects had a ≥10% increase in LVESV after 6 months of sildenafil compared to 13% (1/8) of subjects receiving placebo. Subjects with LVESV >120ml at baseline were more likely to worsen at 12 months regardless of treatment assignment (p=0.035). Due to the higher number of subjects worsening on sildenafil, the Data and Safety Monitoring Board recommended early termination of the study. There were no statistically significant differences in outcome measures between treatment arms.

Interpretation:
Due to the small sample size, comparisons between groups must be interpreted with caution. However, this trial suggests that sildenafil is unlikely to improve cardiac function in adults with DBMD.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/principal.htm



31 de maio de 2014 Izabel GavinhoNotícias

A SMT C1100, droga experimental desenvolvida para tratar a distrofia muscular de Duchenne, e possivelmente a distrofia muscular de Becker, pelo mecanismo da elevação dos níveis de utrofina nos músculos maduros, demonstrou resultados encorajadores em um estudo clínico fase 1b. Um novo estudo está planejado para final de 2014.

* A droga está sendo desenvolvida e testada pela empresa de biotecnologia Summit PLC, localizada em Oxford, Reino Unido, com o apoio da Associação Americana de Distrofia Muscular.

* O estudo fase 1b foi efetuado em 12 meninos com DMD, e a droga mostrou-ser segura e bem tolerada. A curta administração da droga, por via oral, foi associada à redução dos níveis de CPK (creatinofosfoquinase), uma enzima muscular, um sinal positivo de saúde muscular.

Resultados obtidos em um estudo clínico fase 1b, da droga SMT C1100, desenvolvida para elevar os níveis de uma proteína chamada Utrofina nos músculos de portadores de DMD, mostrou-se segura, e pode ter efeitos na proteção das fibras musculares. O estudo foi feito em 12 meninos com distrofia muscular de Duchenne (DMD), e a droga oral mostrou-se segura e bem tolerada em todas as doses testadas, embora o nível da droga no sangue tenha variado. A empresa diz que esta variabilidade pode estar relacionada com a dieta dos participantes, ou outro fator relacionado com a DMD.

Como resultado adicional e encorajador, a maioria dos participantes apresentou redução dos níveis da enzima creatinofosfoquinase (CPK), que extravasa das células musculares danificadas para a corrente sanguínea, e é considerada um indicador de que está havendo danos musculares.

Os resultados foram apresentados em 21 de maio de 2014, e a Summit PLC espera revisar planos para futuros estudos, de forma a determinar a melhor forma de resolver o problema da variação do nível da droga no sangue, seja por meio da alimentação, ou alterações na própria droga.

Utrofina pode ajudar a compensar a perda de distrofina

A SMT C1100 foi desenvolvida para manter os níveis de uma proteína chamada Utrofina nas fibras musculares. Essa proteína é normalmente sintetizada durante os estágios iniciais de desenvolvimento e regeneração muscular, mas quase desaparece, sendo substituída pela distrofina quando as fibras musculares amadurecem.

Os estudos apoiados pela Associação Americana de Distrofia Muscular, efetuados em camundongos deficientes em distrofina, já demonstraram que a elevação dos níveis de utrofina pode ajudar a compensar a falta de distrofina, proteína que falta nos pacientes com DMD, e está diminuída nos pacientes com distrofia muscular de Becker. A SMT C1100 ainda não foi testada em pacientes com DM de Becker.

Quanto ao estudo clínico fase 1b

O estudo foi realizado no Reino Unido, os participantes tinham idades variando entre 5 e 11 anos, a todos receberam a droga. Os 12 participantes foram divididos em três grupos de doses, onde cada grupo recebia uma dose maior do que o outro grupo (não houve grupo recebendo placebo). O estudo durou 10 dias.

Impacto inesperado nos marcadores de saúde muscular

“Este estudo, inédito, usando a utrofina como modulador em pacientes com DMD, demonstrou o excelente perfil de segurança da SMT C1100, conseguindo atingir com sucesso seu objetivo primário,”, disse Glyn Edwards, diretor-presidente da Summit. “Adicionalmente, o impacto positivo nos marcadores enzimáticos de saúde muscular foi inesperado e empolgante, sinais potencialmente representativos dos primeiros sinais de atividade da droga nos meninos com DMD.”

“Nosso objetivo com a modulação usando utrofina é tratar todos os pacientes com DMD. Com o melhor entendimento da importância da dieta, e de outros fatores ligados à doença, o planejamento dos nossos próximos estudos serão modificados, aumentando as chances de alcançar esse objetivo.”

Para mais informações:

http://www.brrmedia.co.uk/event/123676?popup=true (Phase 1b Clinical Trial in DMD Patients: Preliminary Results, a May 21, 2014, 10-minute webcast presented by Summit CEO Glyn Edwards)

http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02056808 (Phase 1b Study of SMT C1100 in Subjects with Duchenne Muscular Dystrophy)

Fonte: http://quest.mda.org/news/dmd-encouraging-results-smt-c1100



28 de maio de 2014 Izabel GavinhoNotícias

A empresa biofarmacêutica Prosensa, desenvolvedora da droga experimental para o tratamento da DMD, Drisapersen, afirma estar avançando com a análise do composto nas agências regulatórias dos EUA e Europa, e voltará a administrá-la a um grupo inicial de participantes no terceiro trimestre de 2014.

A Prosensa anunciou seus planos em um comunicado direcionado a grupos de pacientes, datado de 22 de maio de 2014, no qual apresentou também sua nova web page “redosagem da Drisapersen” (http://www.prosensa.eu/patients-and-family/drisapersen-re-dosing), que mostrará o acompanhamento atualizado das informações dos estudos de redosagem.

 Drisapersen usa a técnica de salto de exon, desenvolvida  para fazer com que as células musculares reinterpretem instruções defeituosas para a produção da proteína distrofina, produzindo como resultado uma distrofina menor, mas funcional. A falta de distrofina nas células musculares é a causa subjacente da DMD.

A Drisapersen é aplicada via injeção, e objetiva corrigir uma seção do gene da distrofina chamada de exon 51.

A Associação Americana de Distrofia Muscular tem financiado o desenvolvimento da técnica do salto de exon (exon skipping), para a DMD, desde 1990. Um financiamento a Steve Wilton, da Universidade de Murdoch, na Austrália, objetiva desenvolver drogas para saltar exons em mutações raras no gene da distrofina.

Dados encorajadores

O processo de dosagem da Drisapersen foi suspenso em setembro de 2013, depois que um estudo clínico fase 3 de larga escala não ter conseguido apresentar diferenças nos testes de caminhada, ou outra função motora, entre participantes tratados com a droga, e aqueles tratados com placebo. Entretanto, dados complementares obtidos desde então, produziram resultados encorajadores, que apoiam a ideia de que “tratar mais cedo, e por mais tempo” confere benefícios aos portadores de DMD.

Vários compostos em desenvolvimento; estudo da história natural

O comunicado de 22 de maio, emitido pela Prosensa, também falou sobre outros compostos para salto de exon da empresa, em desenvolvimento para a DMD, e um estudo de larga escala sobre a história natural da doença, atualmente sendo conduzido para maior compreensão da progressão usual da doença.

Os comunicados trazem as seguintes atualizações:

PRO044: salto de exon para tratar o exon 44, completou a fase 1-2 do estudo na Europa, e um estudo complementar está planejado para a segunda metade de 2014;

PRO045 e PRO053, para tratar os exons 45 e 53 respectivamente, estão na fase 1-2 dos estudos clínicos , e devem entrar nos estudos confirmatórios na primeira metade de 2015;

PRO052 e PRO055, para tratar os exons 52 and 55 respectivamente, estão em desenvolvimento laboratorial avançado;

PROSPECT, para tratar multiplos exons do gene da distrofina na faixa dos exons 10-30, em estágios iniciais de desenvolvimento;

 Estudo de história natural da DMD: continua aberto a novos participantes mas está praticamente sem vagas (em 22 de maio, das 250 vagas abertas, 247 já estavam preenchidas).

Para mais informações, enviar perguntas para Claire Leyten, gerente da Prosensa para grupos de pacientes.

E-mail: patientinfo@prosensa.nl


Fonte: http://quest.mda.org/news/dmd-drisapersen-dosing-planned-later-2014


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