Um novo estudo da UT Southwestern sugere que mais pessoas com distrofia muscular de Duchenne poderiam viver mais com a identificação e o tratamento mais agressivo de pacientes com certos fatores de risco.
O estudo, que apareceu no jornal da American Heart Association, é o primeiro a identificar preditores de resultados ruins nos paciente com distrofia muscular de Duchenne (DMD), disse o autor principal Dr. Pradeep Mammen, um especialista em insuficiência cardíaca no centro médico da UT Southwestern.
Pesquisas encontraram três características comuns entre aqueles que morreram mais cedo:
– Subpeso (uma média de IMC, ou Índice de Massa Corporal, de 17,3, contra uma média de IMC de 25.8 entre aqueles que sobreviveram o estudo)
– Baixa funlão pulmonar, medida em termos de maior pressão durante inalação.
– Níveis mais altos de proteínas no sangue que indicam que o coração está danificado ou enfraquecido.
Havia também alguma evidência de níveis mais baixos de uma enzima encontrada em pacientes com dano hepático dentre aqueles que faleceram.
“Se pudermos intervir mais cedo, antes que seja tarde demais, talvez sejamos capazes de prolongar suas vidas”, disse o Dr. Mammem, Professor Associado de Medicina Interna e Diretor Médico da Clínica de Cardiomiopatia Neuromuscular da UT Southwestern.
Por exemplo, um estudo anterior descobriu que apenas metade dos pacientes adultos com DMD com evidência de cardiomiopatia estavam tomando medicamentos para insuficiência cardíaca, os pesquisadores notaram.
Adicionar outras medicações cardíacas, como beta bloqueadores e antagonistas de mineralocorticoides, aos inibidores da ECA mais comumente utilizados, poderia ajudar a prevenir a diminuição da função cardíaca e adiar a morte, os pesquisadores concluíram. Implantar desfibriladores para tratar batimentos cardíacos irregulares também foi sugerido.
Finalmente, o estudo endossou a RM cardíaca como um teste mais sensível para avaliar a severidade dos problemas cardíacos de pacientes com DMD do que a comumente usada ecocardiografia.
O estudo da UT Southwestern acompanhou 43 pacientes por cerca de dois anos. A distrofia muscular de Duchenne é uma doença hereditária e incurável que destrói os músculos e eventualmente prova-se fatal à medida que os músculos respiratórios e cardíacos são afetados. Ele atinge 1 em cada 5.000 crianças do sexo masculino nos EUA e é a forma mais comum e mais severa de distrofia muscular entre os meninos. Os sintomas geralmente aparecem entre 3 e 5 anos.
Mas o aprimoramento nos cuidados nos últimos 20 a 30 anos aumentaram dramaticamente a vida dos pacientes.
“Eu acho que o processo de pensamento em geral é: “Esses pacientes não vão viver muito”, disse o Dr. Mammen, Diretor da Pesquisa Translacional para o Programa de Insuficiência Cardíaca Avançada da UT Southwestern’s. “Bom, isso é falso.”
Há quinze anos, quase nenhum desses pacientes vivia até os seus vinte anos. Agora, cerca de 70% vivem até a idade adulta, e não é incomum ver esses pacientes sobreviverem até os 30 e 40 anos, ele disse. Mais pacientes com DMD poderiam viver mais com terapia médica mais agressiva e outros tratamentos, disse o Dr. Mammen, cuja pesquisa investiga os mecanismos musculares subjacentes à insuficiência cardíaca.
Pesquisas genéticas promissoras lideradas pelo Dr. Eric Olson, Presidente da Biologia Molecular, estão em andamento na UT Southwestern que poderiam um dia eliminar a mutação genética que causa a doença, ele adicionou.
Usando duas novas técnicas de edição genética, cientistas do Centro de Pesquisa Cooperativa de Distrofia Muscular Senador Paul. D Wellstone na UT Southwestern impediram a progressão da distrofia muscular de Duchenne em camundongos.
Usando a nova enzima de edição de genes CRISPR-Cpf1, pesquisados do Laboratória de Olson corrigiram com sucesso a distrofia muscular de Duchenne em células humanas e camundongos em laboratório. O grupo da UT Southwestern havia previamente usado a CRISPR-Cas9, o sistema original de edição genétiica, para corrigir o defeito da destrofia em um modelo de ratos da doença e em células humanas.
Pesquisadores no centro, co-dirigidos pelos Drs. Olson e Mammen, conseguiram com sucesso editar as mutações no gene DMD ligado ao X que codifica a proteína distrofina em células humanas. Eles estão agora trabalhando em prol de testes em humanos para a abordagem de edição genética. Se ela for ampliada de forma eficiente e segura em pacientes com DMD, essa técnica poderia levar a um dos primeiros tratamentos bem sucedidos baseados em edição de genoma para essa doença fatal.