25 de janeiro de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – lisinopril e losartan são utilizados para tratamento da cardiomiopatia e o obejtivo deste estudo foi analisar os resultados destas drogas na cardiomiopatia da distrofia muscular de Duchenne. Os resultados através da avaliação do ecocardiograma demonstraram que as drogas são igualmente eficientes no tratamento da doença cardíaca e devem ser usadas no tratamento mas também na prevenção da doença cardíaca na distrofia muscular de Duchennne.

Leia mais sobre o artigo aqui.

 



24 de janeiro de 2014 Izabel GavinhoNotícias

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética que atinge 1 em cada 3600 meninos. Ela provoca deterioração progressiva dos músculos (e finalmente a morte), com expectativa média de vida de 25 anos. A DMD é raramente vista em meninas, apesar de elas poderem carregar em seus genes a mutação responsável pela doença.

A maioria dos pacientes com DMD dependerão de cadeira de rodas por volta dos 12 anos, e a degeneração progressiva dos músculos levará à perda de movimentos, e finalmente paralisia.

A distrofia muscular de Becker é um tipo de distrofia menos severa e causa enfraquecimento lento e progressivo da pélvis e pernas. Neste tipo de distrofia, a distrofina produzida pelos músculos é insuficiente, gerando uma estrutura de células musculares instável. Já na distrofia muscular de Duchenne não há produção alguma de distrofina, tornando a doença muito mais grave.

Felizmente, estudos recentes têm trazido esperanças para o tratamento da DMD usando o Tadalafil, nome genérico da droga Cialis, usada para tratar a disfunção erétil. Novos estudos clínicos estão sendo planejados para testar a droga também para a distrofia muscular de Becker.

Resultados dos estudos mais recentes: Por que usar Cialis (Tadalafil)?

Devido à falta de uma substância chamada “óxido nítrico sintetase neuronal (nNOS)” nos pacientes com DMD, os vasos sanguíneos não se alargam suficientemente. Assim, drogas conhecidas como “inibidoras de PDE5”, como a Cialis e o Viagra, foram desenvolvidas para prolongar o alargamento dos vasos sanguíneos, isto é, diminuir o tempo em que permanecem em constrição, ou seja, mais estreitos.

Acredita-se que o Cialis consiga melhorar o fluxo de sangue rumo aos músculos, e, assim, a integridade muscular. Ele também pode melhorar a função cardíaca e reduzir a fibrose do trato respiratório. Estudos feitos em cães demonstraram que o Cialis retarda a perda muscular dos animais. Isso não é uma cura para a DMD, e seu uso em humanos não passaria de um tratamento paliativo, mas há muito poucas opções de tratamentos para quem tem DMD.

Estudos em camundongos demonstraram um efeito significativo no diafragma dos animais. E embora eles não representem um modelo animal ideal para humanos, esse resultado tem encorajado os pesquisadores. De qualquer forma, ao manter-se o diafragma funcionando, os médicos podem melhorar a qualidade de vida dos portadores de DMD e estender sua vida. Além disso, o Cialis poderia facilmente ser usado em conjunto com outras drogas já usadas para tratar portadores de DMD.

Por que usar Cialis ao invés de drogas similares?

O Cialis é mais seletivo para a PDE5 ( fosfodiesterase tipo 5) do que outras drogas para tratar a disfunção erétil (DE), como o Viagra, e os pesquisadores dizem que a forma como a droga é absorvida, e distribuída pelo corpo, a torna uma melhor opção para ser usada no tratamento da DMD. O efeito do Cialis dura mais tempo, e espera-se que a droga seja mais segura quando usada em pacientes com DMD.

Recentemente, em 2013, um estudo feito para avaliar o Viagra em pacientes com DMD, com idades acima de 18 anos, foi suspenso quando os pacientes apresentaram piora na função cardíaca. O Viagra, além de inibir a PDE5, também inibe uma outra substância chamada PDE1c, ao passo que o Cialis não. O Cialis não deverá causar os mesmos efeitos colaterais no coração, mas em testes clínicos futuros os pacientes serão monitorizados de perto.

Investigações futuras:

Um estudo envolvendo 306 pacientes com idades de 7 aos 14 anos, portadores de DMD, e que ainda consigam caminhar, começará em agosto, e medirá a capacidade do Cialis em diminuir a velocidade no declínio da capacidade de caminhar dos pacientes. Adicionalmente, o Centro Médico Cedars Sinai, em Los Angeles, conduzirá um teste clínico efetuado em duas fases com o Cialis, com a participação de homens com idades variando entre 18 e 50 anos, diagnosticados com distrofia muscular de Becker. Também participarão do estudo indivíduos saudáveis, mesma faixa etária, usados como controle.

Na fase 1 do estudo serão feitas medidas de referência do fluxo sanguíneo antes, e depois de exercícios, em pacientes com DM de Becker, e em indivíduos saudáveis; na fase 2, pacientes com DM de Becker tomarão Cialis por dois dias, após os quais serão efetuadas medidas do fluxo sanguíneo.

Potenciais Implicações:

O líder da equipe de pesquisa do Centro Médico Cedars Sinai, dr. Ronald G. Victor, disse ao Medscape Medical News: “Uma questão básica será saber se as descobertas serão traduzidas em resultados clinicamente significativos. A droga conseguirá reduzir a velocidade de avanço da doença? Esses são os pontos nos quais estaremos trabalhando doravante.” É possível que investiguemos também o uso das drogas na distrofia muscular de Cinturas, e em casos iniciais de Esclerose Lateral  Amiotrófica.

O dr. Sanjay Bidichandani, vice-presidente de pesquisa da Associação Americana de Distrofia Muscular, também se sente encorajado pelos estudos clínicos recentes. Ele disse à Medscape Medical News que os resultados são encorajadores, e demonstram a clara necessidade de estudos clínicos maiores para avaliar efeitos clinicamente significativos na força muscular e na progressão da distrofia muscular de Becker.

Leia mais aqui: http://www.accessrx.com/blog/erectile-dysfunction/cialis/cialis-for-muscular-dystrophy-m0819/#ixzz2rFhC8vOi



14 de janeiro de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – nesta pesquisa foram utilizados dois tipos de camundongos: o mdx com idade mais avançada e o camundongo com a forma mais grave da doença, camundongos sem distrofina e utrofina. Nos animais com a forma mais grave da doença as células tronco conseguiram prevenir as manifestações cardíacas e estimularam a formação de novos vasos e estimularam as células tronco endógenas. Mas nos animais mdx mais envelhecidos não houve resposta ao uso de células tronco. Pelos resultados aprsentados o uso de células tronco deveriam ser o mais precoce possível.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(Stem Cells Trans Med, Dec 2012) Injection of Vessel-Derived Stem Cells Prevents Dilated Cardiomyopathy and Promotes Angiogenesis and Endogenous Cardiac Stem Cell Proliferation in mdx/utrn–/– but Not Aged mdx Mouse Models for Duchenne Muscular Dystrophy

Ju Lan Chun, Robert O’Brien, Min Ho Song, Blake F. Wondrasch, and Suzanne E. Berry – USA

Duchenne muscular dystrophy (DMD) is the most common form of muscular dystrophy. DMD patients lack dystrophin protein and develop skeletal muscle pathology and dilated cardiomyopathy (DCM). Approximately 20% succumb to cardiac involvement. We hypothesized that mesoangioblast stem cells (aorta-derived mesoangioblasts [ADMs]) would restore dystrophin and alleviate or prevent DCM in animal models of DMD. ADMs can be induced to express cardiac markers, including Nkx2.5, cardiac tropomyosin, cardiac troponin I, and α-actinin, and adopt cardiomyocyte morphology. Transplantation of ADMs into the heart of mdx/utrn−/− mice prior to development of DCM prevented onset of cardiomyopathy, as measured by echocardiography, and resulted in significantly higher CD31 expression, consistent with new vessel formation. Dystrophin-positive cardiomyocytes and increased proliferation of endogenous Nestin+ cardiac stem cells were detected in ADM-injected heart. Nestin+ striated cells were also detected in four of five mdx/utrn−/− hearts injected with ADMs. In contrast, when ADMs were injected into the heart of aged mdx mice with advanced fibrosis, no functional improvement was detected by echocardiography. Instead, ADMs exacerbated some features of DCM. No dystrophin protein, increase in CD31 expression, or increase in Nestin+ cell proliferation was detected following ADM injection in aged mdx heart. Dystrophin was observed following transplantation of ADMs into the hearts of young mdx mice, however, suggesting that pathology in aged mdx heart may alter the fate of donor stem cells. In summary, ADMs delay or prevent development of DCM in dystrophin-deficient heart, but timing of stem cell transplantation may be critical for achieving benefit with cell therapy in DMD cardiac muscle.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



10 de janeiro de 2014 Izabel GavinhoNotícias

USA – A cardiomiopatia é uma causa comum de morbidade e morte em pacientes com distrofia muscular de Duchenne (DMD); 340 pacientes com DMD com idades entre 2 a 28 anos foram avaliados. Cardiomiopatia foi definida como fração de encurtamento (FS) <28% ou fração de ejeção ( FE) < 55%.

Resultados: 231 participantes relataram ter realizado ecocardiograma anterior, e 174 tinham dados para SF ou EF . A prevalência de cardiomiopatia foi de 27% (47/ 174) , e foi significativamente associada com a idade e estágio clínico . A associação de cardiomiopatia com a idade e estado clínico não foi alterada pela utilização de glucocorticóides. Em pacientes com cardiomiopatia , 57% (27 /47) relataram não tomar qualquer medicação cardíaca. Medicações cardíacas foram utilizadas em 12 % (15 /127) dos pacientes sem cardiomiopatia. Os autores concluiram que o ecocardiograma foi subutilizado e que muitos pacientes com cardiomiopatia estavam sem tratamento adequado.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(Muscle & Nerve, 2014) CINRG Duchenne Natural History Study demonstrates insufficient diagnosis and treatment of cardiomyopathy in Duchenne muscular dystrophy

Christopher Spurney, Reiko Shimizu,  Lauren P. Hache,  Hanna Kolski, , Heather Gordish-Dressman, Paula R. Clemens, and the CINRG Investigators

Introduction: Cardiomyopathy is a common cause of morbidity and death in patients with Duchenne muscular dystrophy (DMD).
Methods: A cross-sectional analysis of clinical data from a multi-institutional,
international CINRG DMD Natural History Study of 340 DMD patients aged 2 to 28 years. Cardiomyopathy was defined as shortening fraction (SF) <28% or ejection fraction (EF) <55%.
Results: 231 participants reported a prior clinical echocardiogram study, and 174 had data for SF or EF. The prevalence of cardiomyopathy was 27% (47/174), and it was significantly associated with age and clinical stage. The association of cardiomyopathy with age and clinical stage was not changed by glucocorticoid use as a covariate (P>0.68).
In patients with cardiomyopathy, 57 % (27/47) reported not taking any cardiac
medications. Cardiac medications were used in 12% (15/127) of patients without cardiomyopathy.
Discussion: Echocardiograms were underutilized, and cardiomyopathy was undertreated in this DMD natural history cohort.

Fonte:http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



21 de dezembro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

USA – Cerca de 13 % dos meninos com distrofia muscular de Duchenne ( DMD ) tem uma mutação sem sentido do gene da distrofina. Ataluren atua no ribossoma permitindo a correção do defeito genético e a produção de proteina funcional. A droga foi usada no tratamento de 38 meninos com DMD em doses variadas por 28 dias. Vinte e três dos 38 (61%) pacientes demonstraram aumento da distrofina apos o tratamento. Os resultados mantem a esperança de que a droga possa ser util no tratamento da distrofia muscular de Duchenne.

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21 de dezembro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

USA – os autores estudaram a nifedipina em camundongos com distrofia muscular. A nifedipina é um bloqueador dos canais de cálcio e usando para tratamento da hipertensão arterial. Animais tratados com nifedipina apresentaram aumento da forca muscular, atuando por reducao do ATP e diminuindo a ativação de receptores purinérgicos. A reducao de cálcio intracelular e um dos mecanismos mais estudados para tratamento das distrofias musculares.

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21 de dezembro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

USA – alguns pesquisadores estudam novos mecanismos que podem estar envolvidos com a distrofia muscular, não diretamente relacionados com os proprios músculos. Nesta pesquisa os autores indentificaram em modelos experimentais vários efeitos prejudiciais a formação de tecido vascular em animais com distrofia muscular demonstrando a importancia deste mecanismo no grau de lesao muscular.

 

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21 de dezembro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Italia – nesta pesquisa os autores utilizaram camundongos com deficiência em delta sarcoglican, avaliando a função cardiaca e o papel do sistema renina angiotensina (RAS) no aparecimento da doenca cardiaca nas distrofias. As pesquisas demonstraram que a ativação do sistema renina angiotensina em uma idade jovem, contribui para a disfunção do músculo esquelético e disfunção autonômica na distrofia muscular. Especula-se que a disfuncao autonômica seja mediada através do nervo sensorial anormal e / ou citocinas de sinalização a partir do músculo esquelético distrófica para o cérebro , e contribui para a disfunção relacionada com a idade, miocardiopatia, arritmias e morte prematura . Portanto , corrigir a desregulação autonômica precoce e ativação do RAS pode se tornar uma nova abordagem terapêutica na distrofia muscular.

 

 

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30 de novembro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Turquia – 26 pacientes com doença neuromuscular lentamente progressiva foram divididos em dois grupos, um dos quais foi sibmetido a treimamento dos músculos inspiratórios e expiratórios duas vezes ao dia, cinco vezes por semana, por 8 semanas. A análise dos parâmetros da função pulmonar demostrou um significativo aumento da capacidade respiratória nos pacientes que fizeram treinamento muscular.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(Clinical Rehabilitation, 2013) Effects of respiratory muscle training on pulmonary functions in patients with slowly progressive neuromuscular disease: a randomized controlled trial

Goksen Kuran Aslan, H Nilgun Gurses, Halim Issever and Esen Kiyan – Turkey

Abstract
Objective: To investigate the effects of inspiratory and expiratory muscle training on pulmonary functions in patients with slowly progressive neuromuscular disease.
Design: Prospective randomized controlled double-blinded study.
Setting: Chest diseases clinic of university hospital.
Subjects: Twenty-six patients with slowly progressive neuromuscular disease followed for respiratory problems were included in the study. Patients were randomly divided into two groups; experimental (n = 14; age 31.6 ±12.3 years) and sham (n = 12; age 26.5 ±8.6 years) groups.
Methods: Spirometry, peak cough flow, maximal inspiratory pressure, maximal expiratory pressure, and sniff nasal inspiratory pressure were measured before the eighth week of study, and subsequently at end of it. Respiratory muscle training was performed by inspiratory (Threshold Inspiratory Muscle Trainer) and expiratory (Threshold Positive Expiratory Pressure) threshold loading methods. Training intensities were increased according to maximal inspiratory and expiratory pressures in the experimental group, while the lowest loads were used for training in the sham group. Patients performed 15 minutes inspiratory muscle training and 15 minutes expiratory muscle training, twice a day, five days/week, for a total of eight weeks at home. Training intensity was adjusted in the training group once a week.
Results: Maximal inspiratory and expiratory pressures (cmH2O, % predicted) (respectively p = 0.002, p = 0.003, p = 0.04, p = 0.03) and sniff nasal inspiratory pressure (p = 0.04) were improved in the experimental group when compared with the sham group. However, there was no improvement in spirometric measurements when groups were compared (p > 0.05).
Conclusions: As a conclusion of our study, we found that respiratory muscle strength improved by inspiratory and expiratory muscle training in patients with slowly progressive neuromuscular disease.


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