17 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Um banco de dados internacional de pacientes está coletando dados deportadores de distrofia muscular de Cinturas tipo 2A (deficiência em calpaína 3).  Os dados poderão ser registrados via internet pelo paciente ou por familiares,  e deverão ser fornecidas informações demográficas, sintomas, diagnóstico, nível funcional, equipamentos utilizados e tratamentos.

A coleta de dados têm as seguintes finalidades:

* Melhorar a precisão na estimativa do número de pessoas com  doença;
* Chamar atenção para este tipo de doença;
* Permitir que pesquisadores compreendam melhor a progressão e a manifestação da doença;
* Ajudar os pesquisadores na busca por participantes para estudos clínicos.

Aliança para a Cura da Calpaína-3 (http://www.curecalpain3.org/) , que supervisiona este banco de dados, lembra que os dados serão guardados de forma confidencial, e que informações que possibilitem a identificação de participantes só serão liberadas com autorização.

Para dirimir dúvidas gerais descobrir como um pesquisador pode acessar o banco de dados, escrevam para: contact@lgmd2a.org.

Fonte: http://quest.mda.org



16 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Vídeo e folder explicam o que é esta doença, quais são os principais sinais e sintomas, e alertam sobre a importância do diagnóstico precoce

A Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (Subpav/SMS-Rio), em apoio à Associação Carioca de Distrofia Muscular (ACADIM), acaba de disponibilizar na internet um vídeo sobre Mucopolissacaridoses, um conjunto de doenças hereditárias causadas pela deficiência de determinadas enzimas lisossomais responsáveis pela degradação dos glicosaminoglicanos.

No vídeo, a diretora do Instituto de Genética e Erros Inatos do Metabolismo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ana Maria Martins, fala sobre a importância do diagnóstico precoce e apresenta alguns sinais que podem ajudar nesse diagnóstico. Além disso, está disponível para download um folder, produzido pela ACADIM, que explica o que são as Mucopolissacaridoses, como é feito o diagnóstico e quais são os principais sintomas da doença.

A iniciativa se trata de mais um dispositivo de educação permanente voltado para os profissionais de saúde da cidade do Rio de Janeiro.

Acesse: http://www.otics.org/otics/estacoes-de-observacao/estacao-rio-saude-presente/educacao/aula-mps



16 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

A empresa holandesa de biotecnologia Presensa, e a multinacional GlaxoSmithKline, prosseguem com planos para testar drogas capazes de saltar vários exons no gene da distrofina.

01 de fevereiro de 2013:

A Prosensa anunciou em 29 de janeiro último que obteve nos EUA e União Europeia, status de “droga órfã” para os compostos em desenvolvimento PRO045, PRO052, PRO053 e PRO055, para tratar a distrofia muscular de Duchenne. Tal status concede financiamento para o desenvolvimento de medicamentos para tratar doenças raras.

Com relação ao teste clínico fase 2 da droga drisapersen, em desenvolvimento para tratar meninos com DMD, e que estava recrutando participantes com a doença ainda capazes de caminhar, de acordo com o informe de 10 de janeiro de 2013 a GlaxoSmithKline informou que havia parado de recrutar novos participantes para este teste. A companhia informa que o estudo deve terminar em novembro de 2013 e os resultados estarão disponíveis no início de 2014.

A Prosensa informa que os compostos para salto dos exons 52 (PRO052) e 55 (PRO055) do gene da distrofina, com o objetivo de tratar a DMD, prosseguirão rumo aos testes clínicos assim que possível.

Os exons são trechos de um gene. A estratégia de tratamento conhecida por salto de exon funciona por meio do salto de instruções genéticas defeituosas no gene da distrofina, e união dos trechos que levam à produção de uma proteína funcional. A distrofina é a proteína muscular que não é produzida em pessoas com DMD.

A Prosensa informa também que recebeu da Comissão Europeia a designação de droga órfã para o desenvolvimento de compostos para saltar os exons 45 (PRO 45) e 53 (PRO053). Estes dois compostos devem entrar em desenvolvimento clínico dentro dos próximos seis meses.

PRO051 e PRO044 já estão em testes clínicos

A companhia desenvolveu dois compostos químicos que já estão em fase de testes clínicos para a DMD. Um deles, o drisapersen (antes designado por PRO51/GSK2402968), objetiva saltar o exon 51 e está atualmente em teste clínico fase 3 com o apoio da empresa farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK).

Um teste clínico fase 2 do drisapersen está recrutando meninos com DMD em centros dos EUA, que tenham ao menos cinco anos de idade, que caminhem, e tenham mutações tratáveis pelo salto do exon 51.

(Acesse: Clinical Study to Assess Two Doses of GSK2402968 in Subjects with Duchenne Muscular Dystrophy (DMD114876); ou digite NCT01462292 na caixa de pesquisas do site ClinicalTrials.gov. Você também pode entrar em contato pelo telefone (877) 379-3718 ou enviar um e-mail para GSKClinicalSupportHD@gsk.com, referindo-se a “Estudo número NCT01462292” na sua mensagem.

Um teste clínico do drisapersen está em andamento em 45 centros nos EUA, mas não está mais recrutando participantes.

(Acesse: Clinical Study to Assess the Efficacy and Safety of GSK2402968 in Subjects with Duchenne Muscular Dystrophy (DMD114044); ou digite  NCT01254019 na caixa de pesquisas do site ClinicalTrials.gov.

O composto PRO044 para salto do exon 44 do gene da distrofina está em testes na Europa e não está mais recrutando novos participantes.

(Acesse: Phase I/II Study of PRO044 in Duchenne Muscular Dystrophy; ou digite NCT01037309  na caixa de pesquisas do site ClinicalTrials.gov.

Fonte: http://quest.mda.org/news/dmd-prosensa-gsk-expand-exon-skipping-program?utm_source=Monthly%20Summary%20-%20Feb%202013%20-%20Aux.%20List&utm_campaign=Monthly%20Summary%20Aux.%20List%203%2013&utm_medium=email



10 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

USA –  aumento da frequência cardíaca em repouso pode ocorrer por  disfunção autonômica  e pode ser observado em Duchenne. A disfunção autonômica relaciona-se com maior mortalidade.  O teste da variabilidade da frequência cardíaca é simples e de fácil realização. Estudado em 74 pacientes com Duchenne ele apresentou uma correlação positiva com a presença de fibrose cardíaca identificada na ressonância magnética. Portanto a disfunção autonômica está presente em pacientes com Distrofia muscular de Duchenne e pode relacionar-se com a presença de fibrose do músculo cardíaco.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(Journal of the American College of Cardiology, Volume 61, Issue 10, Supplement, 12) Autonomic Dysfunction by Heart Rate Variability Analyses Correlates with Myocardial Fibrosis in Pediatric Duchenne Muscular Dystrophy

Tamara O. Thomas, John Jefferies, Angela Lorts, Jeffrey Anderson, Kan Hor, Zhiqian Gao, Elaine Urbina

Background: An elevated resting heart rate and cardiac failure are frequently observed during the natural history of Duchenne Muscular Dystrophy (DMD). We hypothesize that the elevated resting heart rate reflects autonomic dysfunction that can be identified by heart rate variability (HRV) analyses and this abnormal HRV correlates with abnormal cardiac magnetic resonance imaging (cMR) findings.
Methods: DMD patients (N=74) and controls (N=19) had anthropometric and blood pressure data collected with heart rate and HRV analyses via Holter monitoring. Time and frequency domain HRV parameters were calculated. Imaging data was taken from clinical cMR performed on DMD cases only. T-test was used to perform pair-wise comparison between groups. A p-value of <0.05 was used for statistical significance.

Results: DMD cases did not differ from controls in age, height, weight or blood pressure, however, they did differ in body mass index (17.8 + 2.5 years controls, 23 + 6.8 years cases). DMD cases had higher resting average heart rate (83.0 + 9.4 controls, 99.4 + 8.9 cases, p< 0.001). Among HRV variables, decreases were seen in: standard deviation of R to R intervals (p<0.001), the percent RR intervals differing by >50 ms from previous RR interval (p<0.001), the root-mean-square of successive differences of RR intervals (p<0.001), the standard deviation of the mean R to R segment (SDANN, p<0.001), Very Low Frequency (<0.04 Hertz), Low Frequency (0.04-0.15 Hertz) and High Frequency (0.15-0.4 Hertz). Of the HRV variables, SDANN most significantly correlates with positive late gadolinium enhancement on cMR (p 0.01). 19/74 DMD cases were on beta blocker (ββ) and the average resting heart rate differed significantly from those not on ββ (101.5 ± 6.9 no ββ, 93.5 ± yes ββ, p 0.009), however, there was no difference between the groups in HRV analyses. There was no difference in cardiac function by cMR between DMD cases with abnormal versus normal HRV or those on ββ versus not on ββ.

Conclusions: In conclusion, DMD patients have decreased overall HRV which correlates with early scar fibrosis by cMR. This autonomic dysfunction is associated with increased mortality and may be helpful in early risk stratification and medical therapy.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



10 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Itália – Dificuldades cognitivas e comportamentais ocorrem em aproximadamente um terço dos pacientes com distrofia muscular de Duchenne. As crises epilépticas foram encontrados em 14 dos 222 pacientes com DMD (6,3%). A idade de início variou de três meses a 16 anos (média de 7,8).

As formas mais frequentes foram  focal (n = 6), tônico-clônicas (n = 4) ou ausências (n = 4). Eles estavam presentes em 12 dos 149 meninos com QI normal (8,1%) e em dois dos 73 com retardo mental (2,7%). Os resultados sugerem que a prevalência da epilepsia em Duchenne (6,3%) é mais elevada do que na população pediátrica geral (0,5-1%). O risco de epilepsia não parecee aumentar em pacientes com retardo mental.

Leiam mais sobre o artigo aqui.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



3 de março de 2013 Izabel GavinhoNotícias

França – a arginina butirato poderia ter duas ações positivas que já demosntraram efeito em distrofia muscular: aumentar a quantidade de óxido nitrico e inibir a histona desacetilase. Seu uso em camundongos causou aumento em duas vezes da utrofina (proteína homologa a distrofina) nos músculos esqueléticos, coração e cérebro tanto em camundongos adultos ou recém nascidos com redução da CK e das alterações patológicas e aumento da força muscular. Em estudos com celulas musculares humanas os resultados também foram expressivos.

Leiam mais sobre o artigo aqui.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



4 de fevereiro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

USA – a pesquisa foi feita no prontuário de 135 pacientes com Duchenne; 50% apresentaram uma manifestação de doença urológica e 28% múltiplas manifestações. As doenças urológicas foram mais frequentes em adolescentes e adultos jovens e a causa de cirurgia mais frequente foi a presença de cálculos nas vias urinárias.

O resumo em inglês pode ser lido abaixo:

(The Journal of Urology, 2013) Urologic Manifestations in Duchenne Muscular Dystrophy

Eric J. Askeland, Angela M. Arlen, Bradley A. Erickson, Katherine D. Mathews, Christopher S. Cooper – USA

Purpose: Duchenne muscular dystrophy (DMD) is a dystrophinopathy affecting males, with multiple organ system complications. To date, urologic complications of DMD have been described only anecdotally. Materials and Methods: Medical charts of 135 DMD and Duchenne-Becker muscular dystrophy (D/BMD) patients were reviewed for demographics and disease progression, urologic diagnoses, intervention and follow-up. Results: Of 135 patients, 67 (50%) had at least one documented urologic diagnosis and 38 (28%) had multiple manifestations. Presence of lower urinary tract symptoms (LUTS) was the most common urologic diagnosis (32%). Survival analysis revealed a median onset of LUTS of 23 years (95% CI 17.7 – 23.9). Twelve patients (9%) required intervention, most commonly due to nephrolithiasis. Urologic morbidity increased with DMD progression when stratified by markers of clinical progression. LUTS were more common in non-ambulatory patients (40.7% vs. 19%, p = 0.007), those with a diagnosis of scoliosis (44% vs. 19.7%, p = 0.003) and/or scoliosis spine surgery (60% vs. 22%, p <0.001) and on invasive respiratory support (53% vs. 29%, p = 0.046). Likewise, nephrolithiasis was more common in non-ambulatory patients (10% vs. 0%, p = 0.017), those with scoliosis (12% vs. 0%, p = 0.004) and/or scoliosis spine surgery (20% vs. 1%, p <0.001) and those on invasive respiratory support (29% vs. 3%, p < 0.001). Only 28% of patients with a urologic manifestation were referred to urology.
Conclusions: As these patients transition into adolescence and adulthood, the increased prevalence of urologic manifestations warrants increased awareness and referral to urologists.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



4 de fevereiro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Canadá – 86 pacientes com Duchenne foram acompanhados, sendo 63 usando corticóides e 23 sem o tratamento. A mortalidade foi 76% maior no período estudado entre os que não usavam corticóides. A perda de função cardíaca e as manifestações de cardiomiopatia foram menores entre os tratados. Os autores concluiram que o uso de corticoides na distrofia muscular de Duchenne está associado a uma redução substancial da mortalidade por qualquer causa e cardiomiopatia de início recente e progressiva.

O resumo em inglês e o editorial do artigo podem ser lidos abaixo:

(Journal of the American College of Cardiology, 2013) All-Cause Mortality and Cardiovascular Outcomes With Prophylactic Steroid Therapy in Duchenne Muscular Dystrophy

Gernot Schram, Anne Fournier, Hugues Leduc, ,Nagib Dahdah, Johanne Therien, Michel Vanasse, Paul Khairy – Canada

Objectives The aim of this study was to determine the impact of steroid therapy on cardiomyopathy and mortality in patients with Duchenne muscular dystrophy (DMD).
Background DMD is a debilitating X-linked disease that afflicts as many as 1 in 3,500 boys. Although steroids slow musculo skeletal impairment, the effects on cardiac function and mortality remain unknown.
Methods We conducted a cohort study on patients with DMD treated with renin-angiotensin-aldosterone system antagonists with or without steroid therapy.
Results Eighty-six patients, 9.1 + 3.5 years of age, were followed for 11.3 + 4.1 years. Seven of 63 patients (11%) receiving steroid therapy died compared with 10 of 23 (43%) not receiving steroid therapy (p <0.0010). Overall survival rates at 5, 10, and 15 years of follow-up were 100%, 98.0%, and 78.6%, respectively, for patients receiving steroid therapy versus 100%, 72.1%, and 27.9%, respectively, for patients not receiving steroid therapy (log-rank p< 0.0005). In multivariate propensity-adjusted analyses, steroid use was associated with a 76% lower mortality rate (hazard ratio: 0.24; 95% confidence interval: 0.07 to 0.91; p 0.0351). The mortality reduction was driven by fewer heart failure–related deaths (0% vs. 22%, p 0.0010). In multivariate analyses, steroids were associated with a 62% lower rate of new-onset cardiomyopathy (hazard ratio: 0.38; 95% confidence interval: 0.16 to 0.90; p 0.0270). Annual rates of decline in left ventricular ejection fraction ( 0.43% vs. 1.09%, p 0.0101) and shortening fraction ( 0.32% vs. 0.65%, p 0.0025) were less steep in steroid treated patients. Consistently, the increase in left ventricular end-diastolic dimension was of lesser magnitude ( 0.47 vs. 0.92 mm per year, p 0.0105).
Conclusions In patients with DMD, steroid therapy is associated with a substantial reduction in all-cause mortality and new-onset and progressive cardiomyopathy.

Editorial: Steroid Therapy Effectively Delays Duchenne’s Cardiomyopathy

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



20 de janeiro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Suiça – o tamoxifeno é utilizado para tratamento de pacientes com câncer de mama; além de bloquear os receptores de estrógeno a droga consegue reduzir a fibrose em várias doenças. O uso de tamoxifeno em camundongos com distrofia muscular causou redução das alterações patológicas e melhorou a força dos animais. São evidências que sugerem que a droga possa ser testada em seres humanos.

Leiam mais sobre o artigo aqui.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm



20 de janeiro de 2013 Izabel GavinhoNotícias

Coréia – um microgene da distrofia já demosntrou efeitos positivos em camundongos e facilita a sua colocação em vetores virais para poder chegar até o músculo. Os animais tratados com este microgene apresentaram expressão da proteína no músculo, melhora da força muscular e menores alterações musculares como inflamação, fibrose e calcificação.

Leiam mais sobre o artigo aqui.

Fonte: http://distrofiamuscular.net/noticias.htm


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