Noruega – Tid for Livet que poderia ser traduzido como Tempo para a Vida é o nome da entidade norueguesa criada por Berit Sofie Segtnan e Vegard Wollan, pais de portadores de distrofia muscular de Duchenne. Esta entidade irá arrecadar fundos para pesquisas para tratamento da distrofia muscular de Duchenne. O diferencial desta entidade é que 100% do dinheiro arrecadado será empregado em pesquisas que possam trazer resultados em curto espaço de tempo, em especial para esta geração de pacientes. Os projetos a serem financiados serão analisados por um comitê de pesquisadores e a verba só será liberada para projetos que realmente atendam aos objetivos do Tid for Livet. Eu recebi o convite e aceitei participar do Comitê científico que irá analisar os projetos a serem financiados.

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França – os pesquisadores utilizaram camundongos com deficiência em alfa-sarcoglican (com defeito semelhante a uma forma de distrofia muscular tipo cintura). Estes animais receberam vetor viral com o gene alfa-sarcoglican. Os animais tratados apresentaram melhora da força muscular e redução das alterações musculares, demonstrando que esta forma de tratamento pode ser útil no tratamento das distrofias tipo cintura.

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USA – neste estudo realizado os autores injetaram vírus contendo o gene da distrofina no músculo de cães (dois tipos de vírus); ao contrário do que os autores observaram em camundongos os cães apresentaram uma reação imunológica a injeção do vírus. Se estes resultados se confirmarem em outros estudos esta modalidade de tratamento precisará obrigatoriamente ser acompanhada de drogas que reduzem a imunidade.

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Itália – o mesmo grupo italiano que descreveu bons resultados com células tronco em camundongos e cães realizou esta pesquisa associando uma droga nova com a terapia com células tronco. A droga nova é chamada de HCT 1026, um anti-inflaamatório derivado do flurbiproen e que libera óxido nítrico. É uma droga segura com poucos efeitos colaterais para o estômago e tolerada para tratamento a longo prazo. A droga foi administrada por um ano a camundongos, em dois modelos de distrofia, camundongo mdx, sem distrofina, e o camundongo sem a proteína alfa sarcoglican. Houve melhora das alterações dos músculos, dos níveis de CK e da fadiga muscular com retardo da evolução da doença. Os resultados nos camundongos foram melhores que os obtidos com corticóides. Os camundongos tratados com HCT 1026 e que receberam células tronco tiveram quatro vezes mais células tronco migrando para os músculos. Este tratamento experimental com HCT 1026 demonstrou ser muito eficiente, com resultados positivos a longo prazo. O resumo do artigo e as informações adicionais, em inglês, podem ser lido abaixo:

(IN PRESS: PNAS 2007, 104(1):264-9) Nitric oxide release combined with nonsteroidal antiinflammatory activity prevents muscular dystrophy pathology and enhances stem cell therapy

Silvia Brunelli, Clara Sciorati, Giuseppe D’Antona, Anna Innocenzi, Diego Covarello, Beatriz G. Galvez, Cristiana Perrotta, Angela Monopoli, Francesca Sanvito, Roberto Bottinelli, Ennio Ongini, Giulio Cossu and Emilio Clementi – Italy

Duchenne muscular dystrophy is a relatively common disease that affects skeletal muscle, leading to progressive paralysis and death. There is currently no resolutive therapy. We have developed a treatment in which we combined the effects of nitric oxide with nonsteroidal antiinflammatory activity by using HCT 1026, a nitric oxide-releasing derivative of flurbiprofen. Here, we report the results of long-term (1-year) oral treatment with HCT 1026 of two murine models for limb girdle and Duchenne muscular dystrophies (alpha-sarcoglycan-null and mdx mice). In both models, HCT 1026 significantly ameliorated the morphological, biochemical, and functional phenotype in the absence of secondary effects, efficiently slowing down disease progression. HCT 1026 acted by reducing inflammation, preventing muscle damage, and preserving the number and function of satellite cells. HCT 1026 was significantly more effective than the corticosteroid prednisolone, which was analyzed in parallel. As an additional beneficial effect, HCT 1026 enhanced the therapeutic efficacy of arterially delivered donor stem cells, by increasing 4-fold their ability to migrate and reconstitute muscle fibers. The therapeutic strategy we propose is not selective for a subset of mutations; it provides ground for immediate clinical experimentation with HCT 1026 alone, which is approved for use in humans; and it sets the stage for combined therapies with donor or autologous, genetically corrected stem cells.

ADDITIONAL INFORMATIONS:

“HCT 1026, a derivative of flurbiprofen, one of the most potent nonsteroidal antiinflammatory drugs, that releases NO and does not have the severe side effects of corticosteroids. Of importance for an immediate testing in the clinic is the fact that HCT 1026 is safe at the gastrointestinal level, and it has been approved for use in humans; it is effective on oral administration, and it is thus suited for long-term treatment.”

“Two decades after the identification of the molecular defect responsible for Duchenne muscular dystrophy, there are still no effective cures for the disease. The failure of all previous pharmacological treatments has left corticosteroids as the only available drug treatment. Therapy with corticosteroids, despite current attempts to ameliorate the protocols of administration, is still of limited clinical benefits, and it is accompanied by severe side effects. The treatment we tested here meets several criteria for an effective therapy, including the ability to block or at least significantly delay the progress of the disease, produce little or no side toxicity, be cost-effective, and, eventually, resolve the underlying genetic defect. In particular, the administration of HCT 1026 was sufficient on its own to delay significantly and persistently the progression of muscular dystrophy in two different models relevant to muscular dystrophy in humans. The drug was effective in correcting biochemical and morphological alterations and in limiting inflammation. Most importantly, the drug increased muscle strength and significantly increased the ability of animals to perform on different motility tests. This functional amelioration was persistent after 12 months of treatment, when disease in untreated animal was severe, clearly demonstrating the efficacy of the treatment in slowing disease progression. Long-term beneficial effects have not been reported for any of the experimental treatments of muscular dystrophy investigated so far.”

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USA – este estudo procura determinar as alterações de comportamento de meninos com distrofia muscular tentando estabelecer a causa destas alterações, se decorrentes da doença crônica com limitação física ou se esta alteração de comportamento poderia se dever ao defeito genético. O estudo demonstrou que os meninos com distrofia muscular de Duchenne tem significantemente mais alterações de comportamento do que seus irmãos e de portadores de paralisia cerebral, indicando que em parte a ausência de distrofina possa estar envolvida nesta alteração.

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São Paulo – uma das formas promissoras para tratamento da distrofia muscular é a utilização da células tronco. Um dos problemas ainda não solucionados é como fazer as células tronco se diferenciar no tecido que precisamos, no caso músculos. Nesta pesquisa realizada pela equipe da Dra. Mayana Zatz as células tronco cultivadas em laboratório puderam se diferenciar em músculos e produzir distrofina após serem implantadas em camundongos com distrofia muscular e novamente cultivadas em laboratório. Isto demonstra mais uma vez que existem em nosso organismo citocinas que podem orientar a diferenciação das células tronco. A identificação clara destas citocinas permitirá que as células tronco possam ser utilizadas no tratamento das distrofias musculares.

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São Paulo – Infelizmente o conhecimento sobre distrofias musculares é muito precário, em especial nos atendimentos de emergência nos pronto-socorros, pronto-atendimentos, UTIs, etc. Estas informações que foram resumidas nesta página tem o objetivo fornecer informações indispensáveis para um bom atendimento em situações de emergência.

Leia aqui a lista de informações

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Itália – esta pesquisa é do mesmo grupo que recentemente demonstrou em cães bons resultados com o uso de mesangioblastos para tratamento da distrofia muscular. Neste estudo em camundongos os mesangioblastos foram tratados previamente, antes da injeção, com doadores de óxido nítrico. Estas células tratadas foram mais eficientes para tratamento da distrofia muscular do que as células não tratadas. O resumo em inglês desta pesquisa pode ser lido abaixo:

(IN PRESS: Journal of Cell Science 2006; 119: 5114-5123) Ex vivo treatment with nitric oxide increases mesoangioblast therapeutic efficacy in muscular dystrophy

Clara Sciorati, Beatriz G. Galvez, Silvia Brunelli, Enrico Tagliafico, Stefano Ferrari, Giulio Cossuand Emilio Clementi – Italy

Muscular dystrophies are characterized by primary wasting of skeletal muscle for which no satisfactory therapy is available. Studies in animal models have shown that stem cell-based therapies may improve the outcome of the disease, and that mesoangioblasts are promising stem cells in this respect. The efficacy of mesoangioblasts in yielding extensive muscle repair is, however, still limited. We found that mesoangioblasts treated with nitric oxide (NO) donors and injected intra-arterially in -sarcoglycan-null dystrophic mice have a significantly enhanced ability to migrate to dystrophic muscles, to resist their apoptogenic environment and engraft into them, yielding a significant recovery of -sarcolgycan expression. In vitro NO-treated mesoangioblasts displayed an enhanced chemotactic response to myotubes, cytokines and growth factors generated by the dystrophic muscle. In addition, they displayed an increased ability to fuse with myotubes and differentiating myoblasts and to survive when exposed to cytotoxic stimuli similar to those present in the dystrophic muscle. All the effects of NO were cyclic GMP-dependent since they were mimicked by treatment with the membrane permeant cyclic-GMP analogue 8-bromo-cGMP and prevented by inhibiting guanylate cyclase. We conclude that NO donors exert multiple beneficial effects on mesoangioblasts that may be used to increase their efficacy in cell therapy of muscular dystrophies.

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Itália – ácidos graxos alfa 3 poliinsaturados reduzem o risco de doença isquêmica cardíaca mas não haviam sido testados em doença genética cardíaca. Neste estudo o ácido alfa linolênico foi administrado a hamsters com distrofia muscular por deficiência de delta sarcoglicans. Houve redução das alterações patológicas do músculo cardíaco e aumento da sobrevida destes animais. Isto demonstra que o ácido alfa linolênico pode retardar as alterações cardíacas nas distrofias musculares. O resumo do artigo em inglês está abaixo:

Alpha-Linolenic Acid-Enriched Diet Prevents Myocardial Damage and Expands Longevity in Cardiomyopathic Hamsters

Roberta Fiaccavento, Felicia Carotenuto,Marilena Minieri, Laura Masuelli, Alba Vecchini, Roberto Bei, Andrea Modesti, Luciano Binaglia, Angelo Fusco, Aldo Bertoli, Giancarlo Forte, Luciana Carosella, and Paolo Di Nardo – Italy

(Am J Pathol 2006, 169:1913–1924)

Randomized clinical trials have demonstrated that the increased intake of alpha-3 polyunsaturated fatty acids significantly reduces the risk of ischemic cardiovascular disease, but no investigations have been performed in hereditary cardiomyopathies with diffusely damaged myocardium. In the present study, -delta-sarcoglycan- null cardiomyopathic hamsters were fed from weaning to death with an alpha-linolenic acid (ALA)-enriched versus standard diet. Results demonstrated a great accumulation of ALA and eicosapentaenoic acid and an increased eicosapentaenoic/arachidonic acid ratio in cardiomyopathic hamster hearts, correlating with the preservation of myocardial structure and function. In fact, ALA administration preserved plasmalemma and mitochondrial membrane integrity, thus maintaining proper cell/extracellular matrix contacts and signaling, as well as a normal gene expression profile (myosin heavy chain isoforms, atrial natriuretic peptide, transforming growth factor-beta1) and a limited extension of fibrotic areas within ALA-fed cardiomyopathic hearts. Consequently, hemodynamic indexes were safeguarded, and more than 60% of ALA-fed animals were still alive (mean survival time, 293+141.8 days) when all those fed with standard diet were deceased (mean survival time, 175.9 + 56 days). Therefore, the clinically evident beneficial effects of alpha-3 polyunsaturated fatty acids are mainly related to preservation of myocardium structure and function and the attenuation of myocardial fibrosis.

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