TUCSON, Arizona
12 Dez. 2006

O primeiro teste objetivando desenvolver uma terapia genética para a distrofia muscular de Duchenne, nos Estados Unidos,  iniciado em março no “Columbus Children’s Hospital” (Ohio), logo iniciará seu segundo estágio graças a um investimento de 2,5 milhões de dólares feito pela Associação Americana de Distrofia Muscular (MDA) e por um investimento similar feito pela Asklepios BioPharmaceutical Inc. (AskBio).

Nesse segundo estágio, a AskBio conduzirá experimentos em um maior número de animais portadores de distrofia (cães e macacos) objetivando testar a segurança e a eficiência da tecnologia Biostrophin, técnica para envio e transferência de genes, desenvolvido pela empresa.

O primeiro estágio desse projeto, agora em fase final, foi testar a administração direta da Biostrophin em um único músculo de seis meninos portadores de DMD. Após anos de testes em laboratório, exigidos pela FDA – órgão responsável pelo controle desse tipo de experimento nos EUA – demonstrando que o mini-gene não causaria danos e que seria benéfico aos pacientes com DMD, a equipe recebeu sinal verde para prosseguir com os testes em seres humanos em 3 de março, e os resultados da experiência são aguardados para 2007.

Sharon Hesterlee, da MDA, disse que a próxima etapa desse projeto é importante para garantir que o gene da distrofina possa ser levado a muitos músculos de uma só vez, o que seria necessário para alcançar melhoras funcionais nos pacientes.

A DMD é uma doença genética ligada ao cromossomo X, que afeta primariamente meninos quando ainda bem jovens, causando perda progressiva dos músculos e normalmente o óbito por volta dos 20 anos de idade por problemas cardio-respiratórios. Em pacientes com DMD não há produção alguma da proteína distrofina.

A “Biostrophin” consiste em um substituto para o gene da distrofina (mini-gene), produzido por engenharia genética, que é levado até as células musculares por meio de nano partículas biológicas, as BNP, obtidas à partir de vetores virais. O gene da distrofina está entre os maiores conhecidos, e miniaturiza-lo para poder introduzi-lo nos músculos, e ao mesmo tempo manter suas habilidades terapêuticas, tem sido um dos maiores desafios nesse campo de estudos.

O mini-gene utilizado nessa pesquisa foi desenvolvido pelo Dr. Xiao Xiao, e a tecnologia de nano partículas biológicas (BNP) foi desenvolvida por Jude Samulski. Ambos os pesquisadores são da “University of North Carolina”, Chapel Hill, e criaram a AskBio in 2003.

Os 2,5 milhões de dólares destinados a AskBio pela Associação Americana de Distrofia Muscular é o maior financiamento jamais feito pela associação a uma empresa com fins lucrativos. Outros 1,6 milhões de dólares foram investidos na primeira fase da pesquisa.

“A Associação Americana de Distrofia Muscular tem tradição de longa data no financiamento de pesquisas inovadoras em distrofia muscular, e estamos felizes por termos sido escolhidos. Esperamos que os resultados dessa pesquisa signifiquem um degrau superado a mais em direção a avaliar a terapia genética com Biostrophin como potencialmente viável no tratamento da distrofia muscular
” disse Sheila Mikhail, executiva chefe da AskBio.

Fonte:http://www.mda.org/research/061212dmd_gene_therapy.html



Foi lançado pela editora Atheneu o livro “Ventilação Não-Invasiva em Neonatologia e Pediatria”, dos autores Werther Brunow de Carvalho, Cíntia Johnston e Arnaldo Prata Barbosa.

A obra tem colaboração de Ana Lúcia Langer, médica e diretora clínica da ABDIM e Maria Clariane Berto, fisioterapeuta e coordenadora de fisioterapia da ABDIM. “VNIPP (Ventilação Mecânica Não Invasiva com Pressão Positiva) nas Doenças Neuromusculares” foi o capítulo escrito por Ana Lúcia e Maria Clariane.

A VNIPP é uma técnica de ventilação mecânica pulmonar que permite suporte ventilatório sem a intermediação de próteses traqueais.

A obra visa contemplar uma demanda específica sobre um dos temas que experimentou maior desenvolvimento nos últimos anos e hoje é utilizado com aceitação e indicações cada vez mais amplas.

Embora a VNIPP venha sendo amplamente utilizada nas unidades de cuidados intensivos neonatais e pediátricos, existia uma lacuna de publicações que abordassem, de forma geral e específica, a sua aplicação. “Ventilação Não-Invasiva em Neonatologia e Pediatria” foi lançado para supri-la.

Fonte:http://www.abdim.org.br/z2006_11_12_a.php



Inglaterra – o uso da ventilação não invasiva em portadores de doenças neuromusculares, acompanhado de outros cuidados como o auxílio a tosse, tem modificado a evolução destas doenças nas últimas duas décadas. Neste artigo os autores revisam os cuidados respiratórios dos pacientes com doenças neuromusculares. Aqui no Brasil o uso de ventilação não invasiva é garantido aos portadores de distrofia muscular por uma portaria do Ministério da Saúde que não tem sido respeitada em muitas cidades e estados. O resumo do artigo em inglês pode ser lido abaixo:

(IN PRESS: Chest 2006; 130:1879-1886) Recent Advances in Respiratory Care for Neuromuscular Disease

Anita K. Simonds – UK

The impact of ventilatory support on the natural history of neuromuscular disease (NMD) has become clearer over the last 2 decades as techniques have been more widely applied. Noninvasive ventilation (NIV) allows some patients with nonprogressive pathology to live to nearly normal life expectancy, extends survival by many years in patients with other conditions (eg, Duchenne muscular dystrophy), and in those patients with rapidly deteriorating disease (eg, amyotrophic lateral sclerosis) survival may be increased, but symptoms can be palliated even if mortality is not reduced. A growing number of children with NMD are surviving to adulthood with the aid of ventilatory support. The combination of NIV with cough-assist techniques decreases pulmonary morbidity and hospital admissions. Trials have confirmed that NIV works in part by enhancing chemosensitivity, and in patients with many different neuromuscular conditions the most effective time to introduce NIV is when symptomatic sleep-disordered breathing develops.

Fonte:http://www.distrofiamuscular.net/noticias.htm



São Paulo – “Coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP), um dos Cepids (Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão) financiados pela FAPESP, a geneticista Mayana Zatz estuda há mais de duas décadas a biologia molecular das doenças neuromusculares, em especial da distrofia de Duchenne, que atinge um em cada 2 mil nascidos vivos. Nesta entrevista, Mayana, que também é fundadora e diretora presidente da Associação Brasileira de Distrofia Muscular, comenta os resultados animadores da tentativa de terapia celular relatada na revista Nature pelo grupo italiano e fala dos experimentos, também com células-tronco adultas, que seu grupo conduz na USP com cachorros que sofrem de distrofia.

Como a senhora analisa os efeitos dos tratamentos propostos no artigo da Nature?

Embora ainda modestos, os resultados sugerem que o tratamento da distrofia de Duchenne, ou de outras formas de distrofia, por meio do transplante de células-tronco adultas heterólogas, obtidas de um doador sadio, poderá ser possível. A ocorrência nos cães de uma reação imunológica modesta (ou seja, a rejeição ao material biológico externo transplantado não foi violenta) indica que talvez não seja necessário manter o sistema imunológico dos animais deprimido durante toda a sua vida. Parece ser possível recorrer à imunossupressão de forma leve e apenas temporária. Isso é um aspecto positivo dessa abordagem. O trabalho publicado reforça a idéia de que estamos no caminho certo e que talvez experiências com humanos possam ser realizadas antes do esperado. É, sem dúvida, uma luz muito importante no fim do túnel!

No experimento dos italianos, o transplante de células-troncos adultas dos próprios animais doentes, só que modificadas por um tipo de terapia gênica, não deu os mesmos resultados que o uso de células heterólogas, de doadores sadios. A senhora acredita mais na viabilidade dessa segunda abordagem?

Pessoalmente, acho que o transplante heterólogo vai ser melhor. Além de ser mais fácil, vai permitir que se trate todas os tipos de distrofia e não só a de Duchenne. No caso do transplante autólogo, que é uma combinação de terapia gênica e terapia celular, não houve melhora clínica e os animais tratados perderam progressivamente a capacidade para andar. Como o gene da distrofina, é gigantesco – tem mais de 2 milhões de pares de bases – os pesquisadores italianos inseriram nos mesangioblastos (um tipo de célula-tronco) um micro-gene da distrofina no qual são mantidas as partes fundamentais para que ele continue funcional. Mas essa abordagem, além de ser mais difícil de ser executada, não deu bons resultados.

A senhora acha que os resultados do estudo italiano são os mais promissores até agora obtidos por grupos de pesquisa que trabalham com distrofia muscular?

Diria que sim, porque o experimento deles é o mais próximo do que poderemos fazer com seres humanos.

Existem pesquisas semelhantes às dos italianos sendo realizadas no Brasil?

Nosso grupo, no Centro de Estudos do Genoma Humano (um dos dez Cepids financiados pela FAPESP), também tem trabalhado com cães da raça golden retriever com distrofia em colaboração com o grupo da Dra.Maria Angélica Miglino, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e com os doutores Irina Kerkis e Alexandre Kerkis, do Instituto Butantan. No momento, estamos submetendo 8 cães com distrofia a tratamentos com diferentes tipos de células-tronco e mantemos 7 cães doentes como grupo de controle, sem receber nenhum tipo de terapia. Alguns dos nossos animais também receberam imunossupressão leve e por pouco tempo. Outros não receberam nenhuma imunossupressão e não tiveram reação. Isso é muito positivo. Diferentemente dos italianos, não pretendemos sacrificar nenhum animal. Ao contrário, queremos que eles vivam muito. Portanto, nossa experiência pessoal permite uma análise profunda do trabalho dos italianos. Alguns aspectos do estudo deles nos chamaram a atenção. O primeiro foi a caracterização dos cães com distrofia. De acordo com a descrição publicada na Nature, os cães italianos morrem geralmente no primeiro ano de vida e perdem quase completamente a mobilidade e a capacidade para andar. Isso, no entanto, não aconteceu com nenhum dos oito machos de nosso canil, algo surpreendente porque todos eles possuem a mesma mutação.

As manifestações clínicas da distrofia nos seus cães diferem muito das relatadas pelo grupo da Itália?

Nos nossos cães, a distrofia apresenta uma grande variabilidade clínica: alguns animais afetados pela doença morrem nos primeiros dias ou semanas de vida enquanto outros podem sobreviver alguns anos e serem pouco afetados. Temos dois machos que, apesar de portadores da mutação, são tão pouco afetados clinicamente que recentemente puderam se tornar pais. cruzaram naturalmente com as fêmeas. Diferentemente do grupo italiano, nenhum dos machos afetados de nosso canil que chegou à idade adulta perdeu a capacidade de andar. Essa grande variabilidade clínica torna difícil avaliar os efeitos reais de um tratamento. Será que os animais estão melhores porque foram tratados ou porque existem outros genes ou fatores naturais que os protegem dos efeitos deletérios da mutação?

Seu grupo já publicou algum trabalho com os resultados dos experimentos com cães?

Ainda não publicamos nada, mas só trabalhamos com células heterólogas, de doadores sadios. Estamos usando outros tipos de células-tronco adultas, principalmente as mesenquimais, um tipo de célula-tronco que retiramos do cordão umbilical e também de outros tecidos. Mas há algumas questões para as quais ainda não temos resposta. Por exemplo, ninguém sabe quantos transplantes de células-tronco serão necessários para obter algum efeito. Em nosso primeiro experimento, demos uma dose única para ver o que acontece, mas ainda estamos analisando os resultados. Também não sabemos qual é a melhor via de injeção nem qual deve ser o intervalo entre as doses. Outro ponto em aberto é quando devemos começar o tratamento.

É possível avaliar se estamos a anos ou décadas de um tratamento efetivo para as distrofias?

Acho que estamos a anos, talvez menos tempo do que se imagina. De qualquer modo, vai ser importante acompanhar esses cães a longo prazo.”

Fonte:

* Revista Pesquisa Fapesp
* http://www.distrofiamuscular.net/noticias.htm



Canadá – este grupo de pesquisas continua pesquisando o uso de mioblastos para tratamento da distrofia muscular de Duchenne; neste relato eles acompanharam um paciente de 26 anos que recebeu em diversos músculos injeções de grandes volumes de mioblastos acompanhado do uso de tacrolimus como imunossupressor. Não houve complicações do procedimento. No acompaanhamento a longo prazo houve expressão significativa da distrofina nos locais de aplicação. Nos locais em que a injeção não tinha mioblastos não houve expressão da distrofina. Este tratamento que já foi usado há muitos anos e sem sucesso está sendo aperfeiçoado por este grupo de pesquisadores.

Leia na íntegra aqui 

Fonte:http://www.distrofiamuscular.net/noticias.htm



Dr. Jon Wolff, pesquisador financiado pela Associação Americana de Distrofia Muscular (MDA), e que desenvolve seus trabalhos na “University of Wisconsin-Madison”, anunciou recentemente em conjunto com a Mirus, uma empresa de biotecnologia, que o grupo agora detém a patente européia para um método de transferência de “naked” genes, onde não são utilizados vetores virais para transportar genes até os músculos, mas os introduz livremente na corrente sanguínea. O mesmo grupo já detém essa patente nos Estados Unidos.

Dr. Wolff, que já trabalha desde 1990 no desenvolvimento de formas para levar genes até os músculos sem utilizar vetores virais, diz que sua técnica de transporte de “naked” DNA consegue levar genes a uma alta porcentagem de células musculares.

“Esses resultados promissores nos incentivaram a planejar um futuro teste clínico. Uma das preocupações envolvidas na técnica de transferência de genes tem sido com relação a sua segurança, já que requer uma alta pressão intra-vascular (dentro dos vasos sanguineos) para ser bem sucedida. Entretanto temos conduzido um grande número de estudos relativos a esse problema, e a técnica parece segura”, diz Dr. Wolff.

A maioria das técnicas usam vetores virais como forma de transportar os genes terapêuticos. Os vírus são alterados e acredita-se serem seguros, mas ainda nos preocupamos que uma resposta imunológica a qualquer coisa que se pareça com um vírus possa vir a ocorrer.

O produto da Mirus para distrofia muscular está sendo desenvolvido com a Transgene de Strasbourg França, e um teste clínico está sendo planejado para 2008.

O anúncio diz que a técnica também tem potencial para tratar a esclerose lateral amiotrófica.

Fonte:
http://www.als-mda.org/research/news/061207als_nonviral_gene_delivery.html

 



Australia – formoterol é uma droga utilizada rotineiramente no tratamento da asma; utilizada em baixas doses em camundongos causa hipertrofia muscular. Neste estudo doses baixas de formoterol foram adminstradas a camundongos com distrofia muscular. Os camundongos foram tratados por 10 semanas. Os animais apresentaram aumento da massa muscular; não houve aumento da fadiga muscular. Os resultados observaram demonstraram que o formoterol tem uma ação anabólica que poderia ser útil nos pacientes com distrofia muscular.

Leia na íntegra aqui

Fonte: http://www.distrofiamuscular.net/noticias.htm



Paciente pode ter alta, mas ocupa vaga em hospital há mais de um ano

Rio – Internada no CTI do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, Valéria Chaves Ferreira, 36 anos, passou o seu segundo Natal consecutivo longe da família. Vítima de distrofia muscular, a paciente, que depende de um respirador artificial para viver, está hospitalizada há um ano e dois meses à espera do aparelho para ter alta. Em novembro, a Justiça determinou que o Estado fornecesse o equipamento, mas o estado recorreu da sentença. “Fiquei muito feliz quando soube da decisão judicial. Achei que depois de tantos meses voltaria para casa e passaria o Natal com a minha família, mas o estado prefere me manter no CTI, ocupando um leito desnecessariamente a comprar o respirador. Minha maior preocupação é que aqui eu corro risco constante de pegar uma infecção”, conta.

PRÓTESE

Valéria, que não economiza elogios aos profissionais do Azevedo Lima, reclama de estar num local em que os óbitos são freqüentes. “Tenho que ser forte. Acho que seria mais barato comprar o respirador e me dar alta do que me manter no CTI”, diz.

Segundo declaração médica, de 17 de maio, quando Valéria estava internada há 215 dias, a falta do equipamento é a única coisa que a mantém no hospital. “Ela só poderá deixar a unidade de tratamento intensivo caso tenha à disposição uma prótese ventilatória portátil”, afirma o fisioterapeuta Leonardo Souza. Virgínia Chaves Ferreira, 37 anos, irmã de Valéria, conta que parentes se revezam para que a paciente não fique sozinha.

Estado garante dar solução para o problema

Não foi a primeira internação de Valéria no Hospital Estadual Azevedo Lima. A paciente passou dois anos no CTI da unidade e teve alta em 2005, após receber do estado um respirador. Mas o equipamento queimou em 10 de outubro do mesmo ano, após queda de luz, segundo Valéria. “Comunicamos à Ampla que não poderia faltar luz naquela casa”.

Em nota a Ampla, responsável pelo fornecimento de energia afirmou que não encontrou registro de reclamação de falta de energia ou ressarcimento de equipamento na data citada.

A empresa diz que entrará em contato com a cliente ou parente para se informar sobre o caso e tomar as providências. A Secretaria Estadual de Saúde afirma que pedirá detalhes sobre o caso e promete que solucionará o problema alugando ou comprando equipamento.

Fonte:http://odia.terra.com.br/ciencia/htm/geral_73849.asp

 



ATO DE DESCASO
Rio – A alegria da dona-de-casa Alcinete Viana Ribeiro, 52 anos, que ganhou na Justiça o direito de cuidar da filha em casa, já se transformou em apreensão. Embora o Tribunal de Justiça do Rio tenha ordenado que o governo estadual providencie assistência médica domiciliar, Fernanda Viana Ribeiro, 29 anos, que sofre de distrofia muscular progressiva, completa neste sábado quatro meses de internação no CTI do Hospital Pedro II, em Santa Cruz.

“Minha filha cansa de dizer que está triste e quer ir embora para casa. Tento levantar o astral dela, mas não consigo. Tenho medo de que ela entre em depressão e o seu estado de saúde piore ainda mais”, afirma a mãe.

A decisão de transferir Fernanda para casa — onde teria direito a equipamento, remédios e acompanhamento médico — é apoiada pelos profissionais que cuidam dela no Pedro II.O médico Evaristo de Paula garante que o risco de a paciente entrar em depressão é grande.

“O ambiente hospitalar é realmente depressivo e pode abater ainda mais o ânimo da paciente. Além disso, o fato de Fernanda estar com o organismo debilitado aumenta o risco de ela contrair uma infecção hospitalar”, alerta o médico.

O advogado do Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Bruno Salvaterra, ressalta que não há previsão de quando Fernanda estará em casa. Mas avisa que, semana que vem, vai pressionar o oficial de Justiça para que o mandado de intimação seja entregue o mais rapidamente possível. “Infelizmente, uma decisão judicial não tem cumprimento imediato. A dinâmica processual tem que ser respeitada. Não dá para impor ao juiz o cumprimento da sentença”, diz. Procurada no início da tarde, a Secretaria Estadual de Saúde não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Jornal O Dia Online



Tucson, Arizona, USA – 15-nov-2006

A Associação Americana de Distrofia Muscular anunciou hoje que pesquisadores obtiveram bons resultados em um tratamento que utiliza células tronco (CT) para tratar cães que apresentam uma forma de distrofia muscular similar à de Duchenne.

Os pesquisadores, entre os quais estão Maurilio Sampaolesi e Guilio Cossu, do instituto “San Raffeale Scientific Institute”, em Milão, Itália, instituição financiada pela MDA, utilizaram um tipo especial de CT chamado “mesoangioblastos” que podem ser obtidos de biópsias musculares de doadores vivos.

Treze cães foram divididos em  três grupos: o primeiro recebeu CT de doadores saudáveis, o segundo recebeu suas próprias CT corrigidas geneticamente para que produzissem a proteína faltante na distrofia, e o terceiro grupo não recebeu CT alguma.

Os cães que receberam CT de doadores saudáveis foram os que melhor resultado apresentaram, onde um dos cães pertencentes a esse grupo conseguiu permanecer caminhando bem até os 13 anos de idade. A maioria dos cães que apresentam a doença têm dificuldades para caminhar aos oito anos de idade, o morrem em média ao completar o primeiro ano de vida.

Sharon Hesterlee, da MDA, disse que diversas técnicas para tratar a distrofia muscular em camundongos foram bem sucedidas, mas esse é o primeiro exemplo de melhora funcional em um modelo animal da doença em que temos um animal grande, e um significativo passo na direção de testar essas células em humanos.

Os animais receberam injeções via artéria localizada em um dos membros, contendo 50 milhões de células cada uma, a intervalos de um mês, e alguns deles também receberam drogas imuno supressoras.

Os resultados foram coletados via informações biológicas, e por meio de ao menos duas medidas da função muscular. Não houve evidências de resposta imunológica em nenhum dos cães.

Valerie Cwik, diretora médica da MDA e vice-presidente para pesquisas, disse que pesquisadores estão muito otimistas, apesar de não se saber ao certo quanto tempo levará até que esse promissor trabalho seja aplicado em seres humanos (testes clínicos). O fato de que a proteína foi efetivamente entregue a muitos músculos, e não a apenas um músculo por vez, é um fato muito significativo.

A MDA está atualmente financiando o Dr. Guilio Cossu para isolar os mesoangioblastos a partir de biópsias musculares, e antecipando-se para novos estudos.

 

Fonte: http://www.mda.org/research/061115dmd_stem_cell_treatment.html


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