Tecnologia inovadora de CT conduz a um melhor reparo da medula.

4 de maio de 2007 by Izabel Gavinho

Segundo estudo publicado hoje no Jornal de Biologia, pesquisadores acreditam ter descoberto um novo caminho, baseado em um avanço na tecnologia de CT, (células tronco) para promover a recuperação da medula de ratos.

Cientistas do “New York State Center of Research Excellence in Spinal Cord Injury” demonstraram que ratos que receberam transplante de um certo tipo de CT imaturas do sistema nervoso central (geradas à partir de CTs) tiveram mais do que 60% de seus nervos sensoriais regenerados. Digno de nota também, o estudo demonstrou que mais do que 2/3 das fibras nervosas cresceram ao longo de toda a lesão após 8 dias, resultado muito mais promissor do que o de outros experimentos anteriores. Os ratos que receberam as CT caminharam normalmente em 2 semanas.

A “University of Rochester Medical Center, Rochester, N.Y.” e o “Baylor College of Medicine, Houston” colaboraram com o trabalho. Os pesquisadores acreditam ter obtido um importante avanço na tecnologia das CT, concentrando-se num novo tipo de CT que parece possuir a capacidade de reparar o sistema nervoso adulto.

“Esses estudos fornecem um caminho para que as CT façam o que desejamos que elas façam, ao invés de simplesmente coloca-las sobre a área lesada e esperar que ela faça as CTs transformarem-se nos tipo de células mais úteis” explica Mark Noble, Ph.D., co-autor do trabalho, professor de Genética na University of Rochester e pioneiro no campo das CTs.

A descoberta baseia-se no trabalho de muitos anos de pesquisa em CTs da Dra. Margot Mayer-Proschel, Ph.D., professora associada de Genética na University of Rochester. No laboratório, ela e seus colegas pegaram um tipo de celula nervosa em estado de CT embrionária, as Gliais, e fizeram com que elas se transformassem num outro tipo de célula nervosa chamada Astrócito, que sabe-se ter um papel altamente importante no crescimento das fibras nervosas.

Esses Astrócitos, conhecidos pela sigla GDA, foram então transplantados para as áreas danificadas da medula dos ratos adultos. O recuperação desses ratos tratados com os GDA foi comparada a de ratos que não receberam o transplante ou receberam CTs comuns.

Os ratos que não receberam os GDA não apresentaram recuperação, mostrando dificuldades para andar 4 semanas após a cirurgia.

“Demonstramos ser possível tratar esses GDA em cultura usando sinalisadores que sabemos serem importantes para seu desenvolvimento, e utiliza-los para dar suporte à regeneração do sistema nervoso” afirma Dr. Stephen Davies, Ph.D. e professor assistente de Neurologia em Baylor.

Dr. Noble acrescenta: “Descobrir qual célula tronco é a mais indicada para determinado trabalho é chave para o sucesso desse tipo de transplante. Essa equipe descobriu a célula mais indicada, e assim nos dá esperanças de estarmos no caminho certo”.

As células GDA parecem funcionar sinalizando de várias formas para que o tecido se regenere, para suprimir tecidos cicatriciais, resgatando neurônios motores e alinhando tecido danificado no local da lesão.

É preciso mais pesquisa antes que possamos usar essa tecnologia em seres humanos.

Tradução do original:

http://www.medicalnewstoday.com/medicalnews.php?newsid=42430

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