Transferência de genes por técnica não-viral avança
O Dr. Jon Wolff, pesquisador financiado pela Associação Americana de Distrofia Muscular (MDA), e que desenvolve seus trabalhos na “University of Wisconsin-Madison”, anunciou recentemente em conjunto com a Mirus, uma empresa de biotecnologia, que o grupo agora detém a patente européia para um método de transferência de “naked” genes, onde não são utilizados vetores virais para transportar genes até os músculos, mas os introduz livremente na corrente sanguínea. O mesmo grupo já detém essa patente nos Estados Unidos. Dr. Wolff, que já trabalha desde 1990 no desenvolvimento de formas para levar genes até os músculos sem utilizar vetores virais, diz que sua técnica de transporte de “naked” DNA consegue levar genes a uma alta porcentagem de células musculares. “Esses resultados promissores nos incentivaram a planejar um futuro teste clínico. Uma das preocupações envolvidas na técnica de transferência de genes tem sido com relação a sua segurança, já que requer uma alta pressão intra-vascular (dentro dos vasos sanguineos) para ser bem sucedida. Entretanto temos conduzido um grande número de estudos relativos a esse problema, e a técnica parece segura”, diz Dr. Wolff. A maioria das técnicas usam vetores virais como forma de transportar os genes terapêuticos. Os vírus são alterados e acredita-se serem seguros, mas ainda nos preocupamos que uma resposta imunológica a qualquer coisa que se pareça com um vírus possa vir a ocorrer. O produto da Mirus para distrofia muscular está sendo desenvolvido com a Transgene de Strasbourg França, e um teste clínico está sendo planejado para 2008. O anúncio diz que a técnica também tem potencial para tratar a esclerose lateral amiotrófica. Fonte: |